EUA obtêm 100 milhões de doses da Johnson & Johnson

Democrata diz que objetivo é ter vacinas para imunizar crianças e promete ajudar outros países com excedentes

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem que encomendará 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Ele afirmou que pode compartilhar vacinas com outros países, se houver um excedente. O imunizante da Janssen recebeu autorização para o uso emergencial no fim de fevereiro.

“Muita coisa pode acontecer. Muita coisa pode mudar. Precisamos estar preparados”, declarou o presidente americano.

“Se tivermos um excedente, vamos compartilhá-lo com o restante do mundo. No final das contas, não estaremos seguros até que o mundo esteja seguro”, disse Biden a repórteres na Casa Branca.

“Então, vamos começar nos certificando de que os americanos sejam cuidados primeiro, mas depois tentaremos ajudar o resto do mundo.”

Segundo o jornal New York Times, que cita funcionários do governo americano, o objetivo é ter doses suficientes para vacinar crianças ou para aplicar um reforço em pessoas já imunizadas, se necessário. A Casa Branca também quer se preparar para combater variantes do vírus.

Biden participou ontem de um evento com os CEOS da Johnson & Johnson e da Merck.

As duas farmacêuticas rivais formaram uma parceria, mediada pela Casa Branca, para acelerar a produção e a distribuição do imunizante da J&J nos Estados

Unidos. “Precisamos da colaboração das empresas para derrotar o coronavírus”, afirmou Biden.

O governo americano auxiliará financeiramente a produção das vacinas por meio da Lei de Defesa da Produção. Os EUA já fizeram muitos pedidos para receber até o fim de maio as doses necessárias para vacinar todos os adultos americanos. A Johnson & Johnson, cuja vacina precisa de apenas uma injeções, já havia se comprometido a entregar 100 milhões de doses aos EUA.

O pedido adicional poderia ajudar a compensar os possíveis problemas de produção das outras duas vacinas autorizadas no país, as da aliança Pfizer/biontech e da Moderna, das quais o governo americano pediu 300 milhões de doses cada uma. Essas duas últimas vacinas exigem a aplicação de duas doses por pessoa.

“As vacinas trazem esperança e cura de muitas maneiras”, afirmou o presidente. “Mais uma vez, um americano vacinado é a única maneira de vencer a pandemia, de colocar nossa economia de volta nos trilhos e de recuperar nossas vidas e nossos entes queridos.”

“Se tivermos um excedente, vamos compartilhá-lo com o restante do mundo. No final das contas, não estaremos seguros até que o mundo esteja seguro” Joe Biden PRESIDENTE DOS EUA