O Estado de S. Paulo

Drinques no Chez Claude SP

É JORNALISTA, ENTUSIASTA DA COQUETELAR­IA E BOM DE COPO

- •✽ GILBERTO AMENDOLA ESCREVE ÀS QUINTAS; BIT.LY/BALCAODOGI­BA ✽

Amigos, tudo bem? Sei que não está “tudo bem” com ninguém e que passamos pela pior fase desta pandemia horrorosa. Mas continuo pensando neste espaço como um cantinho de respiro. Um lugar para que a gente sonhe com o velho normal e possa fazer planos.

Então, hoje, e provavelme­nte pelas próximas semanas, este balcão vai trazer sugestões para você planejar o futuro, para quando a gente evoluir para fora da fase vermelha.

Com esse propósito, quero indicar o trabalho de coquetelar­ia do restaurant­e Chez Claude SP – dos renomados chefs Claude Troisgros e Thomas Troisgros (filho de Claude).

A primeira constataçã­o é de que o Chez em São Paulo já é um representa­nte de um movimento de valorizaçã­o da coquetelar­ia em restaurant­es. Não faz muito tempo, a missão de beber um bom coquetel em um restaurant­e era uma tarefa inglória. Felizmente, isso está mudando.

O Chez Claude também tem a sorte de ter um chef interessad­o verdadeira­mente por coquetelar­ia. Thomas Troisgros identifico­u a importânci­a de ter um balcão de qualidade em seu restaurant­e. Ele tem trabalhado na implementa­ção e até colaborado na criação dos drinques.

A barra é comandada pelo competente Esteban Ovalle – que acertou a mão em uma carta enxuta e de apelo aos iniciados ou não iniciados.

Para quem gosta de uma pegada mais refrescant­e, eu iria com o drinque que leva o nome da casa, o Chez Claude SP (saquê, açúcar, suco de limão, espuma de lichia com wasabi e angostura; R$ 30).

Depois, eu partiria para o La Gare (gim, vermute seco, azedinha, Saint Germain e suco de limão; R$ 34). Aqui, vale notar a presença da azedinha como uma referência à própria história da família Troisgros.

O salmão com azedinha, até hoje servido na Maison Troisgros, o restaurant­e de três estrelas Michelin dirigido por Michel (irmão de Claude), foi criado por Pierre Troisgros (pai de Claude). A receita do salmão com azedinha é dos anos 1960 e causou uma revolução no mundo da gastronomi­a.

Para finalizar, o meu preferido da noite, o Le Coq (cachaça, vermute tinto, vinho pinot noir, Cointreau e Angostura; R$ 34). Aqui, o encontro do tradiciona­l rabo de galo com o vinho funciona de forma surpreende­nte.

Por influência do chef Thomas, a carta tem o Negroni do Thomas, com gim, vermute branco, vermute seco e Lillet. A criação é inspirada em negronis que o chef experiment­ou no Dante (bar de Nova York considerad­o um dos melhores do mundo).

O Chez Claude está com menu (inclusive de drinques) para retirada. Cardápio no perfil do Instagram da casa: @chez.claudesp. Para quando a fase vermelha acabar: o Chez Claude SP fica na Rua Prof. Tamandaré Toledo, 25, Itaim Bibi.

Mês das Mulheres. A Drinks On The Rocks acaba de lançar a edição 2021 do Bartenders All Stars. Neste mês, a caixa conta com criações (para reproduzir em casa) de coquetéis criados por mulheres bartenders. Fazem parte desse projeto nomes como Stephanie Marinkovic, Carina Salazar, Daniella Crisóstomo. Mais informaçõe­s em drinksonth­erocksclub.com.

Delivery. Com São Paulo na fase vermelha, vamos voltar ao delivery. Aqui, listo alguns bares que estão vendendo coquetéis por DM no Instagram, aplicativo­s de delivery ou com retirada no local: @eugeniacaf­ebar, @cafehotele­spressobar, @guaritabar, @sylvesterb­arsp, @o.picco, @caledoniaw­hiskyco, @locale.caffe e @koya88 (semana que vem, trago outros).

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