No e-commerce, Mercado Livre se destaca também entre o investidor
O segmento de comércio eletrônico, representado na Bolsa principalmente por B2W, Magazine Luiza e Via Varejo, parece ter um “novo” concorrente no mercado de ações. Com as novas regras que facilitam a compra de recibos de ações (BDRS) de empresas estrangeiras, o Mercado Livre é apontado como boa opção de investimento. O papel inclusive aparece na lista de recomendações para a próxima semana. A companhia é listada na Bolsa norte-americana Nasdaq.
A Guide Investimentos trocou Via Varejo ON por Mercado Livre para a próxima semana. “Atualmente, nossas top picks do setor são Magazine Luiza e Mercado Livre, por acreditarmos que estão mais bem posicionadas para atravessar o cenário que se desenha novamente (em relação à pandemia)”, afirma o analista Henrique Esteter. A Guide também recomenda a compra B2W e Via Varejo.
Segundo Esteter, em 2020 as empresas conseguiram se preparar bem para as instabilidades do início de 2021. “A evolução do e-commerce e da logística foi bastante expressiva, e devemos seguir acompanhando todas as companhias, buscando manter o ritmo de crescimento, à medida que a extensão do auxílio emergencial e novos lockdowns podem contribuir para as performances dessas empresas no segundo trimestre de 2021.”
Ricardo Peretti, estrategista de renda variável da Santander Corretora para Brasil e América Latina, é outro que destaca a força do Mercado Livre no País. Atualmente, entre as ações negociadas na B3, a preferida do Santander no segmento é Via Varejo ON, “por estar negociando com um desconto significativo em relação as demais empresas do setor”.
“O Mercado Livre já é um concorrente importante no território brasileiro. O aumento da penetração do e-commerce na América Latina seguirá beneficiando a empresa. Caso o investidor possa investir em ações listadas fora do Brasil ou em BDRS, nossa preferência se alteraria para Mercado Livre, principalmente pela forte desvalorização das ações neste ano, que abriu uma oportunidade de investimento”, afirma Peretti.
Enrico Cozzolino, analista do Daycoval Investimentos, coloca B2W e sua controlada, Lojas Americanas, como as preferidas neste setor, inclusive pelo longo histórico de atuação das empresas no comércio eletrônico.
“Mercado Livre e Amazon são ameaças às varejistas locais, contudo investir no Brasil muitas vezes apresenta desafios conhecidos pelas empresas locais”, diz Cozzolino.
Para a próxima semana, o Daycoval manteve Itaú Unibanco PN em relação à última carteira, e incluiu Cemig PN, Gerdau PN, São Martinho ON e Unipar Carbocloro PNB.
Outra casa que fez quatro alterações foi a Mycap, mantendo somente Magazine Luiza ON, acompanhada de Cosan ON, JBS ON, Petrorio ON e Suzano ON.
A Ativa Investimentos fez três trocas, saindo Petrorio ON, Santander Brasil Unit e Sulamérica Unit para as entradas de Eneva ON, MRV ON e Weg ON.
A Mirae Asset retirou CSN ON e Marfrig ON para a entrada de Gerdau PN e JBS ON. A Terra Investimentos também fez duas alterações: Marfrig ON e TIM ON por BB Seguridade ON e Sabesp ON.
A XP Investimentos trocou Braskem PNA e Klabin Unit por Lojas Quero-quero ON e Sanepar Unit. Por fim, a Órama trocou Moura Dubeux ON por Notre Dame Intermédica ON.