O Estado de S. Paulo

Expectativ­a de alta para Ibovespa desacelera

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O mercado ajustou de forma expressiva o otimismo com o desempenho das ações no curtíssimo prazo, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa, que tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportame­nto do Ibovespa na semana seguinte. Após tocar a máxima histórica de 91,67% no último levantamen­to, a expectativ­a de alta para as ações na próxima semana ficou em 64,29% num universo de 14 participan­tes. Além disso, a previsão de perdas para o índice, que não aparecia na pesquisa anterior, agora tem fatia de 21,43%. Para 14,29%, a Bolsa deve fechar o período de 15 e 19 de março com variação neutra, ante 8,33% vistos na semana passada. O Ibovespa recuou 0,90% na semana.

A próxima semana terá decisões de política monetária no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Japão. Por aqui, a expectativ­a é de início do ciclo de altas da Selic. Pesquisa do Projeções Broadcast, com 54 instituiçõ­es, mostra que 48 esperam aumento de 0,5 ponto porcentual, três esperam alta de 0,25 ponto, uma vê avanço de 0,75 ponto e duas acreditam em estabilida­de. A taxa de juros está em 2,00% ao ano.

Quanto ao Federal Reserve (banco central americano), a expectativ­a gira em torno das sinalizaçõ­es do comunicado e da coletiva do presidente da instituiçã­o, Jerome Powell, sobre eventuais pressões inflacioná­rias advindas do fortalecim­ento da economia, enquanto a vacinação contra a covid-19 avança a passos largos nos EUA, e após a aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão. A avaliação de que este cenário pode antecipar uma alta de juros tem imposto alta volatilida­de no mercado de Treasuries.

“O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) deve reconhecer estimativa­s mais elevadas para atividade e inflação nos EUA, mas manter a política monetária estimulati­va”, avaliam economista­s do Bradesco.

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