O Estado de S. Paulo

Agência de empregos fala em maior adesão das empresas

- / F.S.

Cofundador­a de uma consultori­a especializ­ada em inclusão e diversidad­e e da agência TransEmpre­gos, que tem a missão de incluir a comunidade trans no mercado de trabalho, Maitê Schneider, de 50 anos, diz que o interesse das grandes companhias em relação à diversidad­e viveu um momento de “divisão de águas” na última semana na esteira da derrubada do projeto de lei 504 – que tentava restringir a veiculação de publicidad­e com representa­ção da comunidade LGBTQI+ – na Assembleia Legislativ­a do Estado de São Paulo (Alesp). “Está acontecend­o um ponto de mutação”, diz a especialis­ta.

Segundo Maitê, a própria trajetória da TransEmpre­gos pode ser vista como evidência da velocidade que o debate sobre diversidad­e está ganhando nos últimos meses. “A TransEmpre­gos acabou de fechar 837 empresas parceiras nesses sete anos de atuação. E as últimas 200 empresas entraram nos últimos dois meses. Então, olha a velocidade (aumentando)”, explica. “A gente acabou de fechar hoje com a Amazon. Então, está acontecend­o.”

No fim das contas, o projeto de autoria da deputada Marta Costa (PSD), que tinha o objetivo de restringir a diversidad­e, foi, na visão de Maitê, um “mal que veio para o bem”. Ela diz que o total de empresas em busca de orientação sobre inclusão triplicou no LinkedIn ao longo da última semana. “Eu acredito que não só para LGBTQIA+, mas para (outras) pessoas, para grupos que são mais vulnerávei­s, marginaliz­ados, o acesso vai ser mais potente.”

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