OLIMPÍADA PODE PERDER ESTRELAS
Presença de astros como Mbappé, Salah, Rafael Nadal e Andy Murray nos Jogos está indefinida, e os motivos são variados
Presença de Mbappé, Rafael Nadal e Salah em Tóquio ainda é incerta.
Duas ausências serão muito sentidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio: as dos já aposentados Michael Phelps e Usain Bolt. Será a primeira vez desde 2000 que as duas lendas olímpicas não estarão no maior evento esportivo do mundo. Por motivos diversos, no entanto, outras estrelas também podem ficar de fora da Olimpíada. Restando pouco mais de dois meses para o início dos Jogos, ainda não está confirmada a presença de nomes como os jogadores Kylian Mbappé e Mohamed Salah e os tenistas Rafael Nadal e Andy Murray.
O Paris Saint-germain, por exemplo, faz jogo duro para liberar Mbappé à seleção francesa. O garoto de 22 anos tem idade olímpica, mas como deve disputar a Eurocopa com o time principal dos Bleus, em junho, o clube não pretende que ele fique tanto tempo ausente.
“Não é porque está na lista que ele vai”, alertou o técnico do PSG, Mauricio Pochettino, sobre a inclusão do craque em uma pré-lista de 80 convocados pela França para os Jogos de Tóquio. “Teremos de falar sobre isso com todas as partes, veremos”, despistou o treinador.
A imprensa francesa especula que, neste momento, parece improvável que o campeão mundial apareça na lista final de 18 jogadores e 4 reservas que o técnico da seleção sub-21, Sylvain Ripoll, tem de apresentar para o torneio dos Jogos.
Situação semelhante vive Mohamed Salah. Ele quer participar do torneio de futebol em Tóquio com o Egito. Sua convocação é apoiada pelo Ministério dos Esportes e pela Federação Egípcia de Futebol. Falta, no entanto, a liberação do Liverpool.
No tênis, o bicampeão olímpico (em simples e duplas) Rafael Nadal disse que ainda não decidiu se participará da Olimpíada e deixou claro que qualquer definição depende das “circunstâncias”. “Ainda não sei. Sinceramente, não posso dar uma resposta clara porque não sei. Não sei a minha programação. Em um mundo normal, eu nunca pensaria em perder os Jogos Olímpicos, é claro. Não há dúvidas. Todo mundo sabe. Sempre foi importante para mim estar nas Olimpíadas. Nessas circunstâncias (da pandemia), não sei”, explicou o espanhol número 3 do ranking da ATP.
Campeão olímpico em simples em 2008 (Londres) e em duplas em 2016 (Rio), Nadal afirmou que vai ver o que acontece nos próximos dois meses para, então, definir se irá ou não a Tóquio. “Eu preciso organizar meu calendário. Em um ano normal, conheço meu calendário quase 100% de 1.º de janeiro até o final da temporada. Este ano é um pouco diferente. Precisamos nos adaptar às coisas que estão acontecendo.”
Estado de emergência. Tóquio e outras cidades do Japão estão atualmente em estado de emergência por causa da pandemia, medida que vai durar pelo menos até o final de maio. Mais de 11 mil atletas de 200 países são esperados nos Jogos Olímpicos, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto.
No caso do ex-número 1 do mundo Andy Murray, ele quer competir em Tóquio para defender as medalhas de ouro de simples conquistadas em Londres2012 e Rio-2016. Mas o seu maior problema são as lesões que têm afetado sua carreira.
Diante disso, a participação do britânico no Masters 1000 de Roma, inclusive, é considerada fundamental em seu processo de recuperação. Sua intenção inicial era ir à capital italiana apenas para treinar. Mas ele acabou entrando no torneio de duplas e estreou ontem ao lado do compatriota Liam Broady. Eles venceram os australianos Luke Saville e Max Purcell por 5/7, 7/6(7/55), em 2h02 de jogo.
Rafael Nadal
TENISTA ESPANHOL
‘No mundo normal, nunca pensaria em perder os Jogos. Nessas circunstâncias (pandemia), não sei’