O Estado de S. Paulo

3 PERGUNTAS PARA...

- Marco Antonio Teixeira, MARIANA CAETANO

1.

O que significa para a distribuiç­ão de forças políticas na capital a chegada de Ricardo Nunes e do MDB à Prefeitura de São Paulo?

Ao assumir a capital, Nunes pode tirar o MDB do ostracismo em São Paulo. O último candidato competitiv­o da legenda na cidade foi João Leiva, que, em 1988, ficou em terceiro lugar na disputa vencida por Luiza Erundina. Hoje, a bancada tem apenas dois vereadores, e o próprio Nunes teve uma atuação discreta na

Câmara (municipal), compondo a base governista com o poderoso atual presidente do Legislativ­o paulistano, Milton Leite (DEM).

2.

O MDB tende a conquistar mais espaço na administra­ção, com cargos de primeiro escalão?

É preciso dar tempo ao luto. Só mais tarde será possível entender como vão se compor as forças. Até porque Nunes tem mais vínculo político com Milton Leite do que com o próprio MDB. Nunes era do ‘centrão’ da Câmara, forjado por Leite. Por enquanto, entendo que o protagonis­mo da Prefeitura continuará sendo do PSDB. Não vejo condições de o MDB reivindica­r mais espaço na gestão. O fato é que Leite tende a ampliar seu poder junto à Prefeitura. É ele quem garante a governabil­idade na Câmara.

3.

E como fica o PSDB?

O governador João Doria tende a dominar o PSDB em São Paulo, sem figura capaz de rivalizar com ele. Bruno Covas era o único que poderia de fato cumprir esse papel na cidade e no Estado. /

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