O Estado de S. Paulo

Em casa, São Paulo atropela Mirassol e já pensa na decisão

Vitória de 4 a 0 contra o Mirassol faz do time de Hernán Crespo um forte candidato ao título do Estadual

- Wilson Baldini Jr.

O São Paulo não teve grandes problemas para vencer o Mirassol por 4 a 0 no Morumbi e se classifica­r para a final do Campeonato Paulista diante do Palmeiras. A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulga hoje datas e horários dos dois jogos da decisão. Por ter melhor campanha, o time tricolor fará o segundo confronto em casa. Por enquanto não existe qualquer possibilid­ade da volta da torcida.

“O que agente fez ficou para trás. Temos de pensar jogo a jogo. Temos de merecer ter os bons resultados”, disse Miranda, um dos principais jogadores do São Paulo na goleada.

Ao contrário do que a Ferroviári­a fez na sexta-feira, quando esperou o São Paulo em seu campo, o Mirassol se posicionou forte no meio e incomodou o goleiro Volpi desde o início da partida. E ainda fez uma marcação especial no meia Benítez, destaque no duelo das quartas de final e responsáve­l direto pelos quatro gols marcados.

Com isso, o jogo ficou bem disputado nas duas intermediá­rias, com as defesas superando os ataques. Desta forma, a opção foram os chutes de longa distância. Cada time teve ao menos duas oportunida­des, mas a pontaria não foi boa.

Com o tempo, a marcação do Mirassol ficou menos intensa e o São Paulo passou a ficar mais com a bola, quase 70% do tempo. Desta forma, as chances se tornaram mais comuns e mais perigosas a favor dos anfitriões. Daniel Borges chegou a tirar uma bola chutada por Reinaldo em cima da linha. Miranda e Liziero também quase marcaram.

O placar foi aberto somente aos 44 minutos, com falha de Muralha. Após escanteio pela esquerda, o goleiro errou na saída de bola e Arboleda, de ombro, tocou para o fundo do gol.

No segundo tempo, o São Paulo voltou com uma marcação mais forte e pressionou a saída de bola do Mirassol. Pablo, mal nos primeiros 45 minutos, quase se complicou ainda mais. Aos 4, o centroavan­te foi lançado, livre, diante de Muralha, chutou mal, mas a bola bateu em Daniel Boza e entrou: 2 a 0. São Paulo já mandava na partida.

Não havia mais dúvidas de quem faria a decisão com o Palmeiras. Faltava saber a vantagem a ser conquistad­a. Aos 11 minutos, saiu o terceiro gol sãopaulino, após nova cobrança de escanteio, feita por Benítez. Miranda desviou e Gabriel Sara, na linha do gol, tocou para dentro.

Com 3 a 0 no placar, o São Paulo perdeu o interesse no jogo e diminuiu o ritmo por ter tido de entrar em campo menos de 48 horas depois de vencer a Ferroviári­a e ainda ter de jogar de novo amanhã, pela Copa Libertador­es, frente ao perigoso Racing – esse duelo vale o primeiro lugar do grupo.

O Mirassol, desanimado, não teve forças para buscar qualquer reação ou até mesmo se despedir do Estadual com um gol. Chegou a ter mais espaço e oportunida­des para finalizar, mas faltou capricho para exigir defesas do goleiro Volpi.

Em ritmo de treino, com a marcação do Mirassol frouxa, o São Paulo chegou ao quarto gol em jogada iniciada por Benítez, que lançou Igor Vinícius na direita. O cruzamento foi para Luciano, que bateu e teve a ajuda de Muralha, em nova falha. Ao fim do jogo, os jogadores se abraçaram e festejaram a vaga com o técnico Crespo, que tem a primeira chance de ser campeão. O time sonha com a chance de quebrar jejum de 16 anos sem o título estadual. Contra o Palmeiras, já disputou oito vezes a final do Paulista. Ganhou três e foi superado em cinco oportunida­des. A última decisão entre os dois ocorreu em 1992 e a taça ficou no Morumbi.

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GUILHERME RODRIGUES/O FOTOGRÁFIC­O Arboleda. Zagueiro chama os companheir­os após gol

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