O Estado de S. Paulo

Copel compra complexo eólico no Nordeste por R$ 1 bi

Com a aquisição, a participaç­ão da fonte de energia no portfólio da companhia paranaense passará a 13% do total

- Luísa Laval / COM INFORMAÇÕE­S DA REUTERS

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) assinou contrato para aquisição total do Complexo Eólico Vilas, com 186,7 MW de capacidade instalada. O valor total da transação é de R$ 1,06 bilhão, sendo que o empreendim­ento possui financiame­ntos de longo prazo, com vencimento­s até 2040, contratado­s com o Banco do Nordeste (BNB).

Segundo a Copel, a aquisição faz parte da estratégia de cresciment­o sustentáve­l em energia renovável, amplia a diversific­ação da matriz de geração e está totalmente aderente à política de investimen­tos aprovada no início deste ano.

De acordo com o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM), o empreendim­ento estará totalmente em operação até a data de fechamento da aquisição.

Os ativos adquiridos são formados por um conjunto de cinco parques eólicos, atualmente pertencent­es à Voltalia Energia do Brasil, localizado­s em Serra do Mel (RN), região considerad­a como uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica, o que permite um elevado fator de capacidade de energia.

A empresa acrescento­u que parte da eletricida­de gerada pelo empreendim­ento já foi comerciali­zada no mercado regulado, com início do fornecimen­to em 2023 e 2024 e pelo prazo de 20 anos, enquanto no ambiente livre cerca de 51% da energia certificad­a já estão contratado­s até 2030, restando 13% de energia disponível para novos contratos.

Força dos ventos. Com a aquisição, a capacidade instalada de geração eólica da Copel será incrementa­da em 29%, com a mesma estrutura de gestão operaciona­l, permitindo assim uma sinergia operaciona­l com demais empresas do grupo que

compartilh­am a mesma estrutura.

“Com a adição de capacidade, a fonte eólica passará a representa­r 13% do portfólio de geração de energia da Copel, o que traz benefícios ao portfólio com o incremento de energia incentivad­a e a redução da exposição ao risco hidrológic­o (relacionad­o à principal fonte de geração de energia do País)”, aponta a empresa.

A aquisição está sujeita à aprovação do Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade), credores e outras condições precedente­s usuais para esse tipo de operação, incluindo a operação comercial de todos os parques.

O fechamento da operação está previsto para ocorrer em 30 de novembro, após as aprovações necessária­s.

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