O Estado de S. Paulo

• Cresce a ocupação nas UTIS

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Pesquisa em hospitais particular­es do Estado de SP aponta que a taxa de ocupação das UTIS para covid-19 cresceu 7,5% desde o fim de abril. Entre 11 e 17 de maio, 85% das unidades já estavam com ocupação superior a 80%.

1. Haverá doses suficiente­s de Coronavac para quem aguarda a 2ª dose?

O Butantan espera entregar 5 milhões de doses durante o mês de maio, o que deve ser suficiente para cobrir o déficit atual de vacinas.

2. A primeira dose da Coronavac dá algum grau de proteção?

Mellanie Fontes-dutra, biomédica e neurocient­ista pela Universida­de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e divulgador­a científica pela Rede Análise Covid-19, afirma que a primeira dose da vacina já garante uma certa proteção contra o vírus. “Estudos indicam que 14 dias após a primeira dose é possível observar uma proteção conferida pela vacina. Mas precisamos lembrar que tomar as duas doses no intervalo de até 21 dias é muito importante para uma proteção mais abrangente e potencialm­ente duradoura.”

3. A eficácia diminui se a segunda dose atrasar?

De acordo com Paola Minoprio, doutora em Imunologia pela Universida­de Pierre e Marie Curie (França), não há grandes problemas em atrasar um pouco a segunda dose. “O sistema imunológic­o não conhece dias, conhece processame­nto. Se o reforço atrasar um pouquinho, não tem problema, porque o sistema vai ser capaz de reconhecer esse reforço e de preparar a resposta”, diz. Ela explica que os estudos da Coronavac analisaram um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda dose. No entanto, tomar a segunda dose até seis semanas após a primeira não deve trazer prejuízos. “Mas também não podemos esperar indefinida­mente.” Por outro lado, o imunologis­ta Jorge Kalil, professor da Faculdade de Medicina da USP, acredita que ampliar o prazo de aplicação entre as doses poderia conferir maior grau de proteção. “Apesar de não ter sido testado, a gente sabe disso por outros tipos de vacina.”

4. Posso tomar a segunda dose de outra vacina?

Alguns países conduzem estudos a respeito. Mas não há resultado dessas pesquisas e até o momento essa interação entre os imunizante­s é desconheci­da.

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