São Paulo usa reservas e é castigado
Crespo poupa titulares para as finais do Estadual e time perde em casa por 1 a 0 para o Racing, novo líder do Grupo E
O São Paulo pagou caro por usar um time reserva contra o Racing ontem no Morumbi. Perdeu não só o jogo, por 1 a 0, como a liderança do Grupo E. Além de uma invencibilidade de 14 partidas. O Tricolor permanece com 8 pontos, contra 11 dos argentinos. Menos mal que a classificação às oitavas de final está bem encaminhada, pois o Rentistas, embora com dois jogos por fazer, tem apenas 3 pontos.
Hernán Crespo escalou um time reserva, uma vez que a principal meta do São Paulo no momento é a decisão do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. Mas a proposta da equipe é a já conhecida: alas que apoiam bastante, trocas de bola rápida e vertical quando o espaço aparece e toques com paciência quando era necessário.
Do outro lado, porém, o Racing estava muito bem posicionado em campo, marcando a saída de bola, encurtando espaços e aproveitando os deixados pelo São Paulo para atacar, principalmente pelo lado direito da defesa. Além disso, contava com a insegurança demonstrada pelos zagueiros brasileiros.
O São Paulo até criou mais chances na primeira etapa. Teve um chute de William por cima e uma conclusão sutil de Igor Gomes após cruzamento da esquerda em que Arias fez grande defesa com o pé.
Mas com o passar do tempo, o Racing foi se sentindo mais à vontade em campo, conseguiu evitar que o São Paulo pressionasse e ganhou confiança. Acabou chegando ao gol, aos 28 minutos, numa falha dupla da defesa tricolor. Primeiro, deu espaço para Lovera cruzar com tranquilidade da esquerda; depois, os zagueiros permitiram que Novillo se antecipasse para desviar de cabeça para o gol.
Em desvantagem, o São Paulo transformou a paciência em afobação e pressa. Com isso, passou a errar demais, facilitando os desarmes dos argentinos. Ainda assim, teve uma chance com Vitor Bueno – bateu no meio do gol e Arias defendeu – e outra em falta cobrada por cima do gol por Igor Gomes.
Mas os erros preponderaram e o São Paulo, a rigor, pouco produziu de prático. O Racing teve um volume menor de jogo durante a primeira etapa, mas foi mais eficiente.
O São Paulo voltou sem alterações para o segundo tempo e as dificuldades continuaram. O time tocava muito a bola, mas não conseguia penetrar na área argentina. Aos 5 minutos, o tricolor reclamou de um pênalti de Segovia em Vitor Bueno, mas o juiz entendeu que o lance na área foi normal.
A primeira boa chance do São
Paulo na etapa surgiu apenas aos 14 minutos, um chute com perigo de Igor Gomes. Naquela altura, percebendo que o time não evoluía, Crespo já preparava três alterações, que fez em seguida: os experientes Daniel Alves, recuperado de contusão, e Luciano, e Shaylon entraram nos lugares de Orejuela, Vitor Bueno e William.
O São Paulo melhorou, mas o Racing continuava bem defesa, fechado para segurar a vantagem. O time de Crespo se movimentava mais, mas não conseguia jogadas em velocidade.
Por isso, o treinador argentino fez outra alteração. Trocou Galeano, que já dava sinais de cansaço, pelo veloz João Rojas.
O São Paulo era melhor em campo. No entanto, permanecia com dificuldade para concluir e, quando o fez, aos 34 minutos, Daniel Alves estava impedido e seu gol foi anulado.
O Racing foi competente em segurar a vantagem e volta à Argentina líder do Grupo E.