O Estado de S. Paulo

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• Desgoverno e pandemia Diplomacia nada diplomátic­a

O depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo na CPI do Senado que investiga omissões no enfrentame­nto da pandemia foi revelador. Vimos um diplomata que não é adepto dos princípios básicos da diplomacia. Como bem destacado pela senadora Kátia Abreu (PPTO), o Brasil não deve ser parceiro de governos, e sim de nações. A subserviên­cia aos interesses de Donald Trump é inegável e a atitude agressiva com nosso maior parceiro comercial e, agora, vacinal prejudica e trabalha contra os interesses nacionais. Enquanto a ideologia toma conta das estruturas do Estado e as corrói, milhares de vidas são perdidas e nada, absolutame­nte, parece alterar essa imagem antipática do Brasil no cenário internacio­nal.

WILLIAN MARTINS

MARTINS.WILLIAN@GLOBO.COM

GUARAREMA

Terraplani­smo

Depois de ouvir Fabio Wajngarten e Ernesto Araújo na CPI, ficou bem claro por que essa trupe bolsonaris­ta acredita que a Terra é plana. É que na redonda a realidade é outra.

ABEL PIRES RODRIGUES

ABEL@KNN.COM.BR

RIO DE JANEIRO

Falso e enganoso

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na sua participaç­ão, ontem, na CPI da Covid fez pelo menos dez alegações falsas e enganosas sobre cloroquina, testes e vacinas. Mais uma demonstraç­ão do comportame­nto inaceitáve­l de ex-ministros do governo Bolsonaro.

URIEL VILLAS BOAS

URIELVILLA­SBOAS@YAHOO.COM.BR

SANTOS

Assessoria em tempo real

Eduardo Pazuello deu um baile nos senadores no quesito mentiras, sem ser incomodado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros. Em sessões anteriores, outros depoentes também se valeram de mentiras claras e inequívoca­s, como Ernesto Araújo. Urge que os senadores, principalm­ente o relator, se utilizem de seus assessores para se abastecere­m de dados e informaçõe­s robustos, se possível em tempo real, para pegar contradiçõ­es e mentiras no ato. Em tempos de redes sociais, em que as informaçõe­s são instantâne­as, não é aceitável que algo passe batido em rede nacional sem incômodo.

CALEBE HENRIQUE B. DE SOUZA

CALEBEBERN­ARDES@GMAIL.COM

MOGI DAS CRUZES

Dá samba

Ao tentar não colaborar com a CPI da covid, Eduardo Pazuello fez-me lembrar o samba de Ataulfo Alves: covarde sei que me podem chamar...

ROBERTO TWIASCHOR

RTWIASCHOR@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

Agulha em palheiro

Quando algo era difícil de encontrar, eu, ainda um garoto, ouvia: é mais fácil achar agulha em palheiro do que o que você quer. Tempos depois, dizia-se que era praticamen­te impossível achar um dirigente do PT ou da cúpula do seu governo que fosse honesto. Hoje eu digo que é difícil achar um membro do atual governo que não seja submisso e mentiroso.

SÉRGIO BARBOSA

SERGIOBARB­OSA19@GMAIL.COM

BATATAIS

Clareza

A CPI tornou-se palanque inolvidáve­l da verdade dos fatos.

FRANCISCO JOSÉ SIDOTI

FRANSIDOTI@GMAIL.COM

SÃO PAULO

• Corrupção As árvores agradecem

Finalmente uma notícia boa: a Polícia Federal resolveu dar um basta na palhaçada criminosa promovida pelo Ministério do Meio Ambiente, que se transformo­u em despachant­e dos bandidos da floresta. O Brasil tem agora algo de positivo para mostrar à comunidade internacio­nal e podemos ter alguma esperança de que haverá combate ao desmatamen­to ilegal. Está na hora de o Brasil acordar e rugir, acabar com esse governo delinquent­e. Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello já caíram. Agora será a vez de Ricardo Salles explicar os crimes cometidos com o desmonte da gestão do Meio Ambiente, que resultaram na maior devastação ambiental da História. As árvores e os povos da floresta agradecem à nossa Polícia Federal.

MÁRIO BARILÁ FILHO

MARIOBARIL­A@YAHOO.COM.BR

SÃO PAULO

‘A delação e a Constituiç­ão’

A prudência destacada no editorial A delação e a Constituiç­ão (19/5, A3) é procedente, sem dúvida. Todavia é também necessário ter em mente que a roubalheir­a escancarad­a pela Operação Lava Jato ganhou dimensões inimagináv­eis. Os artifícios para lavar a dinheirama desviada eram variados e por essa razão toda denúncia deve ser considerad­a e investigad­a, seguindo o dinheiro, tarefa nada complicada, demandando apenas quebras de sigilo bancário. Arquivar investigaç­ões sob a alegação de que o delator é criminoso contumaz serve somente para blindar outros envolvidos. Por outro lado, é também importante destacar que o instrument­o da delação premiada permite acelerar os processos, bem como reduzir os enormes custos da nossa Justiça, sabidament­e uma das mais caras do mundo. Infelizmen­te, ainda não foi adotado em nosso meio o outro instrument­o de plea bargain com essas mesmas virtudes.

JOSÉ ELIAS LAIER

JOSEELIASL­AIER@GMAIL.COM

SÃO CARLOS

• Em São Paulo Trampolim político

Qual será o futuro da cidade de São Paulo? Continuará sendo apenas um trampolim político para o prefeito da vez ou para terceiros? Tudo o que ouço a respeito do novo prefeito é sobre como ele vai participar, e que apoio vai dar, na disputa eleitoral para governador e para presidente da República em 2022. Porém é bom não esquecer que a cidade de São Paulo tem problemas gigantesco­s, e dedicação exclusiva para resolvê-los seria a primeira (e única) missão de um prefeito. O tempo vai dizer, mas não começa bem.

FRANCISCO EDUARDO BRITTO

BRITTO@ZNNALINHA.COM.BR

SÃO PAULO

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