Fundos ESG ganharão normas e sigla próprias
Os fundos ESG (aqueles que atendem às melhores práticas ambientais, sociais e de governança) ganharão a sigla IS (de investimento sustentável) em sua nomenclatura, a partir de janeiro. Para isso, porém, precisarão se enquadrar a uma série de regras determinadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A consulta pública a essas normas começou terça-feira e vai até 29 de outubro. O trabalho para que fossem desenvolvidas teve início no comecinho de 2020 e ganhou ritmo de urgência, com o crescimento exponencial e a atenção que os investimentos ESG têm ganhado. No fim de 2019, havia 22 fundos registrados na Anbima com essa pegada, com R$ 1,3 bilhão em patrimônio. Hoje, são 46, com R$ 2,5 bilhões em ativos. » Sou. O marketing em torno do tema, no entanto, tem levado muitas gestoras a adotarem o termo para conquistar o investidor. Levantamento da entidade com todos os produtos financeiros com apelo “sustentável” mostra existir um total de ativos sob gestão pelo menos 10 vezes maior do que os dos fundos registrados na subcategoria “sustentabilidade/governança”.
» Meta. “O objetivo das regras é permitir que esse mercado se desenvolva com qualidade e consistência e evitar o greenwashing (quando um produto ‘vende’ a imagem de sustentável, sem sê-lo)”, diz Carlos Takahashi, vice-presidente da Anbima. “Também evitar experiências ruins ao investidor e trazer objetividade a critérios que não são quantitativos”.
» Critérios. Para receber a sigla IS, o fundo terá obrigatoriamente de ter descrito, em seu objetivo, a sustentabilidade. A metodologia, o processo de investimento e de acompanhamento de ativos devem ser relacionados a práticas ESG. Bem como a transparência e a divulgação de informações de maneira periódica. “Na prática, o compromisso e a carteira do fundo devem ser alinhados e coerentes com os objetivos ESG”. » Tentáculos. O escritório de agentes autônomos Acqua-vero, que trocou a XP pelo BTG Pactual, está expandindo as operações ao segmento de corretora de seguros, com a compra da All in Care por valor não revelado. Especializada no público de alta renda, a corretora tem mais de 40 mil clientes e R$ 35 milhões em apólices negociadas. A expectativa é atingir R$ 50 milhões de prêmio anualizado até 2022.
» Planos. Com o negócio, a Acquavero espera trazer clientes a sua base e poder atrair mais R$ 1,6 bilhão em ativos sob custódia no ano que vem. A expectativa é chegar a R$ 5 bilhões ainda este ano. » Pegada. O mercado de maconha para uso medicinal vem dobrando a cada ano, no Brasil. Levantamento realizado pela empresa de inteligência de mercado em cannabis Kaya Mind aponta que, mesmo restrito à importação e dominado pela burocracia, que leva a demoras angustiantes para recebimento de um remédio, esse negócio deve girar mais de R$ 40 milhões em 2021.
» Fila. Só no primeiro semestre, foram R$ 21,8 milhões importados. No ano passado inteiro, foram R$ 21,86 milhões e, em 2019, R$ 9 milhões.
» Previsão. O compasso atual não compromete a estimativa de que esse mercado gire R$ 9,5 bilhões em 2025, feita pela própria Kaya Mind. Segundo o chefe de Inteligência da empresa, Thiago Cardoso, a projeção considera que o mercado se abrirá, com a permissão para cultivo em território brasileiro, como aconteceu em outros países nos quais o uso de maconha com fins medicinais foi descriminalizado. » Expansão. A Cyrela Brazil Realty está fazendo um ajuste em seu portfólio de empreendimentos imobiliários para contornar o aumento nos custos de construção e, ao mesmo tempo, avançar em um segmento pouco explorado nas capitais. A Vivaz, marca do grupo para consumidores de renda média e baixa, está lançando uma linha ‘prime’, com apartamentos na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil.
» Abrangente. Com isso, a Vivaz deixará de atuar exclusivamente dentro do programa Casa Verde e Amarela, no qual as unidades custam menos de R$ 340 mil nas capitais. No médio prazo, a ideia é que a linha ‘prime’ responda por um terço do portfólio da Vivaz.
» Vem aí. O primeiro projeto da Vivaz Prime em São Paulo abriu seu estande na Chácara Santo Antônio, com apartamentos de 34m² a 44m². O próximo projeto será no Socorro, entre Santo Amaro e Interlagos. Os produtos ‘prime’ terão itens como suíte, varanda e vaga de garagem, além de mais lazer no condomínio.