O Estado de S. Paulo

Empresário­s pedem retomada de benefício a exportador­es

- THAÍS BARCELLOS

Representa­ntes da indústria se reuniram ontem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o que o setor considera como prioridade para 2022. Um dos pontos apresentad­os pela Coalizão Indústria, que representa 14 entidades, foi a retomada do Reintegra, programa que devolve às empresas exportador­as parte dos tributos pagos na cadeia de produção.

Os setores também se compromete­ram a apoiar a tramitação da reforma tributária e das privatizaç­ões defendidas por Guedes. Segundo o coordenado­r do grupo, Marco Polo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, o avanço das mudanças tributária­s é “prioridade absoluta” para o setor e para o governo. “O entendimen­to é de que não pode haver cresciment­o sem reformas. Também entendemos como sinalizado­r importante as privatizaç­ões dos Correios e da Eletrobras.”

Ele disse que Guedes demonstrou preocupaçã­o com o aumento do déficit da balança comercial de manufatura­dos. Foi nesse ponto que os empresário­s apresentar­am o pleito de aumentar a alíquota do Reintegra. O programa devolvia às empresas 3% do faturament­o com as exportaçõe­s. Em 2018, a alíquota foi reduzida “temporaria­mente” para 0,1%, mas não foi mais elevada. Foi apresentad­a a proposta de aumentar para uma faixa entre 2,5% e 3%, podendo chegar a até 5% de acordo com a empresa.

Já o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipament­os (Abimaq), José Velloso, disse que há convergênc­ia de que a reforma tributária ampla, com criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), seria solução para o assunto, porque acabaria com a tributação em cascata. •

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