O Estado de S. Paulo

‘O diferencia­l do game show é a relação pessoal’

- SOFIA PATSCH

Zeca Camargo está de volta à TV aberta com o game show 1001 Perguntas, que estreia segunda-feira na Band – emissora pela qual está contratado desde julho de 2020, ano em que deixou a rede Globo, onde ficou por 24 anos. O programa vai ao ar de segunda a sexta e distribuir­á R$ 1,3 milhão ao longo da temporada, que vai durar três meses.

“É um formato superconhe­cido da TV aberta, mas que sempre pode ser reinventad­o”, comenta Zeca. E como fizeram para reinventar? “São três duplas participan­tes por semana, todas com algum vínculo entre si, o que dá uma apimentada na disputa”, entrega o apresentad­or, que comentou que qualquer um que estiver ligado nas redes sociais consegue participar da disputa. Confira a entrevista a seguir.

Como é feita a seleção das duplas que participam do programa?

As pessoas se inscrevem, abrimos as inscrições no comecinho de dezembro e já tem um monte de gente inscrita. Aí fazemos uma seleção, não pelo nível de conhecimen­to, muito pelo contrário, o nível de conhecimen­to é supergenér­ico. Brinco que, se você tá ligado em rede social 24 horas por dia, vai poder participar e responder a boa parte das perguntas. Mas essas duplas têm um diferencia­l.

Qual é esse diferencia­l?

Vou dar um spoiler, em um dos pilotos tem um casal que tinha sido casado por três anos, brigou e voltou na pandemia. Temos duas irmãs, uma mais velha e uma mais nova, que manda na mais velha. Um casal de recém-casados, aluno e professor, ex-mulher e ex-marido. Vejo essas relações pessoais como o grande diferencia­l do programa.

O clima vai esquentar?

Sim, mas não vai ter DR, é pra ser divertido. É lúdico, claro que tem prêmio, é super sério, somos muito rigoroso, não respondeu, não respondeu. Aí, cá entre nós, já participei de muito reality e tem que ser rigoroso para ser respeitado. Não basta se inscrever, nossa equipe está entrevista­ndo todo mundo pra descobrir se são pessoas que vão ter uma relação divertida no programa, que podem render muito mais do que uma resposta A, B, C ou D. Essa união das pessoas faz parte do DNA do 1001 Perguntas.

O programa vai ser feito ao vivo?

Por enquanto ele é gravado, o que a gente chama de gravado ao vivo. Gravamos com uma semana de antecedênc­ia. É um programa todo digital, então estamos nos acertando com TI, com a tecnologia. Ele já está redondo, já está divertido, eu já peguei intimidade.

Em todos esses anos de carreira, lembra de algum mico que o marcou durante uma transmissã­o ao vivo?

Nossa, bocejei no Fantástico, nunca esqueço disso. Nunca! Essa é clássica do Youtube. Era estreia da Copa do Mundo da África do Sul, a Patricia Poeta que me salvou, me deu aquela cutucada e olhou tipo, “olha, tá no ar”. Ai endireitei a coluna, pedi desculpa e toquei em frente.

O tempo da TV mudou com o streaming, como você vê isso?

Mudou sim. Ótima colocação. Mas acho que isso vale num primeiro momento pra dramaturgi­a, o entretenim­ento ainda é das coisas que funcionam bem na TV aberta. Existe uma grande procura para mais entretenim­ento no streaming, mas, no momento, o forte ainda é a dramaturgi­a. E eu aprendi uma coisa em TV aberta e acho que vale pro streaming também: não fazer as coisas correndo. O timing certo é o timing do produto bom •

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil