O Estado de S. Paulo

Negócio de distribuiç­ão do Pátria, Delly’s compra gaúcha Fröhlich

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Acompanhia de distribuiç­ão de alimentos Delly’s deu mais um passo estratégic­o em direção ao Sul do País ao fechar a compra da Fröhlich. O grupo gaúcho é dono das marcas Fritz & Frida e vende produtos que vão além de alimentos, com um faturament­o anual de R$ 350 milhões. Controlada pelo Pátria, a Delly’s tem mantido um ritmo de cresciment­o de 10% ao ano. Em 2021, alcançou um faturament­o de R$ 3 bilhões e 120 mil clientes pelo Brasil, com foco de atuação em pequenas e médias empresas. A nova compra ajudará a companhia a aumentar o sortimento de marcas próprias, o que é visto como uma vantagem no setor. O negócio foi feito com recursos próprios, sem emissão de dívida, segundo o CEO da Delly’s, Maurício Câmara. O valor da transação não foi divulgado.

• MAIS COMPRAS. Em 2022, a projeção é que o faturament­o da Delly’s alcance R$ 5 bilhões. Para isso, o cresciment­o orgânico é importante, mas aquisições ainda devem fazer parte da agenda. Sobre uma possível oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), Câmara não comenta. Limita-se a dizer que o foco é a expansão.

• SALDÃO. A brasileira CI&T fechou a primeira compra após a abertura de capital nos EUA, em novembro. A empresa de tecnologia desembolso­u 49 milhões de libras (cerca de R$ 370 milhões) por 100% da Somo Global, uma das principais agências independen­tes de produtos digitais do Reino Unido.

• JOGADA DE “MONSTRO”. Em menos de 10 dias neste início de 2022, a gestora carioca Ponta Sul, de Flávio Calp Gondim, apelidado no mercado financeiro de “Monstro do Leblon” – por não ter medo de assumir riscos – vendeu R$ 1,5 bilhão em ações do Banco Inter. Foram ao menos 60 milhões de papéis do banco mineiro vendidos em dois leilões na B3, com o objetivo de fazer caixa e estancar as perdas da carteira.

• ALAVANCADO. Após os leilões, a fatia da Ponta Sul no Inter caiu de 12% para menos de 5%. No melhor momento, o “Monstro” chegou a ter 20% do banco. O problema é que seu fundo opera alavancado, pegando dinheiro para fazer operações na bolsa. Com a queda das ações, a conta chegou.

• TOMBO. A ação do Inter chegou a superar R$ 80 em meados de 2021, mas na sexta-feira caiu a R$ 19. Por isso, a carteira precisa desfazer essas posições e reduzir a alavancage­m.

• SURPRESA. Quando começou a conversar com a Ideal sobre uma possível compra da corretora, em março de 2021, o Itaú queria a tecnologia de negociação em alta frequência na Bolsa e os produtos para investidor­es institucio­nais. Mas encontrou um atrativo extra: o serviço de corretora white label, um terreno inédito para o Itaú.

• EFICIÊNCIA. A própria Ideal percebeu o potencial do produto aos poucos. Submetida ao teste de estresse que a covid19 levou aos mercados em 2020, notou que parte da capacidade de sua plataforma não estava sendo usada pelos clientes, e que poderia gerar receitas de outro modo.

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