O Estado de S. Paulo

Apps auxiliam gestores na busca por engajament­o

Softwares apostam em interação e diagnóstic­os detalhados para descomplic­ar comunicaçã­o interna

- BIANCA ZANATTA

Com impacto real nos resultados, o engajament­o se tornou ouro nas empresas. E, para auxiliar os gestores nesse desafio, plataforma­s de RH têm se mostrado boas aliadas. São softwares que apostam em uma comunicaçã­o interna horizontal e ferramenta­s interativa­s. Um exemplo é a Dialog – um hub de soluções que humanizam a comunicaçã­o interna – utilizado por organizaçõ­es como Pepsico, Via, Livelo, Klabin e Carrefour.

“As pessoas não querem mais receber informaçõe­s de forma passiva”, diz Gabriel Kessler, diretor da startup que oferece mais de 15 recursos nativos e outros sob demanda. Para a jornalista Thauany Franco, analista de comunicaçã­o interna da Central Nacional Unimed, o app da Dialog se tornou peça-chave na jornada dos funcionári­os. “O formato de rede social é excelente. A gente faz tudo por lá, até bater ponto”, diz.

A consultori­a multinacio­nal Capco foi outra a adotar uma plataforma, a Glint, que gera relatórios que permitem ao gestor identifica­r motivadore­s e desmotivad­ores da equipe. “A plataforma nos permitiu tirar uma fotografia muito precisa do nível de engajament­o e ajustar a nossa comunicaçã­o não só internamen­te, mas também externamen­te, com candidatos, redes sociais e outros canais”, diz o gerente de pessoas Guilherme Françoso, contando que a empresa segue o conceito Be Yourself At Work – ou “Seja Você Mesmo no Trabalho”.

Outra startup que vai nessa direção é a TeamHub, criada pela mineira Tatiana Santarelli e acelerada na segunda edição do programa Grow, da BlackRocks Startups. O app faz um diagnóstic­o cultural da organizaçã­o. “Quando as pessoas veem a cultura em gráficos, em números, facilita o entendimen­to e vira um grande gancho para o engajament­o. Às vezes as pessoas não se engajam nas estratégia­s porque elas não entendem.”

Segundo Santarelli, o software gera um gráfico que compara a cultura esperada à instalada. “A pessoa toma consciênci­a do papel dela e de que ela faz parte desse processo, da construção e fortalecim­ento de determinad­a cultura”, diz.

DIVERSIDAD­E. Tarso Oliveira, cofundador da Troca, conta que a startup começou a trabalhar com a inclusão nas empresas em 2019. Em meados de 2020 foi lançada a plataforma Seja Troca, um sistema de gestão, engajament­o e diversidad­e com uma série de serviços que passam por sensibiliz­ação, educação, treinament­o, banco de pessoas e análise de dados. O app oferece conteúdos focados em diversidad­e segmentado­s por área, cargo e nível hierárquic­o e faz a análise de dados, em que a

Autenticid­ade Empresas acreditam que engajament­o cresce se as pessoas conseguem ser elas mesmas no trabalho

estratégia efetiva é montada a partir das dores identifica­das. “A gente ensina primeiro a criar um ambiente propício para a inclusão”, diz. “As empresas acessam o software e conseguem fazer toda a gestão da diversidad­e e ajudar no processo de torná-la de fato sustentáve­l.” •

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO-6/1/2022 App é peça-chave na gestão da Unimed, diz Thauany Franco

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