Biden diz que tomada de reféns no Texas foi ato de terrorismo
O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou ontem como um ato de terrorismo a tomada de reféns no sábado em uma sinagoga no Estado do Texas – e pareceu confirmar que o agressor, que foi morto, exigia a libertação da terrorista condenada Aafia Siddiqui, conhecida como “Lady Al-qaeda”.
“Foi um ato de terrorismo relacionado a alguém que foi detido há 15 anos e está preso há 10”, declarou Biden, durante visita a uma ONG de ajuda contra a fome na Filadélfia.
O FBI informou que o sequestrador era um britânico de 44 anos chamado Malik Faisal Akram. “Neste momento, não há indicação de que outros indivíduos estejam envolvidos”, disse o FBI, em comunicado.
Akram foi baleado e morto depois que o último dos reféns foi solto, por volta das 21 horas de sábado (hora local, meianoite no Brasil) na Congregação Beth Israel, encerrando um impasse de 10 horas da polícia com o atirador, que interrompeu uma cerimônia e abordou o rabino e três pessoas.
Os reféns foram libertados com segurança pela equipe do FBI. Repórteres no local, na noite de sábado, disseram que ouviram o som de explosões, possivelmente bombas de efeito moral, e de tiros na sinagoga, que fica a cerca de 26 quilômetros de Fort Worth. Portavozes do FBI e da polícia se recusaram a responder perguntas sobre quem atirou em Akram.
INSPIRAÇÃO. No comunicado, o FBI não forneceu um motivo para a ação. Durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook, no entanto, Akram aparece reclamando e exigindo a libertação de Siddiqui, uma neurocientista paquistanesa que foi condenada por tentar matar militares dos EUA no Afeganistão. Ela era ligada ao líder da Al-qaeda, Khalid Sheikh Mohamed, um dos principais arquitetos dos ataques do 11 de Setembro, e já fez parte da lista do FBI de terroristas mais procurados do mundo.
Educada nos EUA – ela estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – Siddiqui foi presa em 2008 no Afeganistão transportando cianeto de sódio, além de documentos que ensinavam como fabricar armas químicas. Ela está cumprindo uma pena de 86 anos de prisão em uma prisão federal nos arredores de Fort Worth, no subúrbio de Dallas. •