O Estado de S. Paulo

Analistas cortam previsões para economia dos EUA

Internacio­nal Covid e inflação

-

As perspectiv­as para o cresciment­o econômico dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2022 estão ficando mais obscuras, em meio à recente onda de casos de covid19. Consumidor­es enfrentam a escalada da inflação no país e empresas lidam com gargalos de oferta no mercado de trabalho e na produção.

Analistas consultado­s pelo The Wall Street Journal, este mês, reduziram suas expectativ­as de cresciment­o dos EUA no primeiro trimestre em mais de um ponto porcentual, para uma taxa anual de 3% – era 4,2% na pesquisa de outubro.

A combinação de inflação mais alta, restrições na cadeia de suprimento­s e a variante Ômicron, que se espalha rapidament­e, também fez com que os economista­s reduzissem a previsão de cresciment­o para 3,3% no ano atual como um todo. Na pesquisa anterior, a projeção era de avanço de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

A inflação em espiral poderia forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a aumentar agressivam­ente as taxas de juros, arriscando a deflagraçã­o de uma recessão.

Em média, os entrevista­dos acreditam que a inflação ao consumidor anual nos Estados Unidos deve desacelera­r da taxa de 7% registrada em dezembro para 5% em junho – substancia­lmente acima dos 3,4% previstos em outubro. Quase dois terços dos participan­tes da pesquisa esperam que o Federal Reserve eleve as taxas de juros em sua reunião de política monetária de 15 a 16 de março e continue aumentando-as ao longo do ano. Mais da metade dos analistas espera três aumentos este ano, enquanto quase um terço espera mais de três elevações. •

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil