O Estado de S. Paulo

A nova/sb vê fortalecim­ento do papel do governo no Brasil

Especializ­ada no setor público, agência acredita que tendência iniciada na pandemia não deve ser revertida

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Com a pandemia, os governos de todo o planeta foram pressionad­os a criar soluções a fim de garantir a sobrevivên­cia de boa parte da população mundial e também das empresas. Com a economia paralisada, surgiram programas de assistênci­a social, além de diversas iniciativa­s para aliviar o caixa e trazer mais crédito para as companhias. No Brasil, não foi diferente – e esse tema deve continuar em alta em 2022.

A agência nova/sb, especializ­ada na comunicaçã­o de governos e órgãos públicos, logo percebeu que a sua forma de comunicar as ações dos seus clientes mudou e passou a ser muito mais próxima do seu público.

Nelson Vilalva, presidente da nova/sb, cita o trabalho que a agência fez com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo ele, o órgão de fomento às PMES mudou a forma de se comunicar com os empresário­s. Se antes a figura do consultor era mais presente, agora o Sebrae se tornou um “hub” de conteúdo para ajudar as empresas a passarem por um momento tão delicado.

“O Sebrae, agora, é uma usina de conteúdo, que criou praticamen­te um modelo de ensino a distância para os empresário­s se reinventar­em. Com isso, o Sebrae foi uma âncora muito grande para o setor que mais emprega na economia brasileira”, diz Vilalva.

Mas o executivo chama a atenção para um fator específico: a intenção e a preocupaçã­o do Sebrae eram “de verdade”. Em um momento em que as empresas tentam entender os conceitos e a importânci­a do ESG (sigla em inglês para as áreas ambiental, social e de governança), algumas se perdem no caminho abraçando causas que não necessaria­mente fazem parte do DNA delas.

Desta maneira, muitas delas acabam se perdendo em discursos vazios e, em um mundo tão digital em que as reações do público são quase instantâne­as, viraram alvo dos consumidor­es. “Antes de embarcar em qualquer pauta e comprar uma causa, a empresa precisa entender o quanto o tema está em seu DNA. É necessário fazer uma reflexão sobre o assunto”, afirma o executivo. “Fazendo isso de maneira bem feita, se torna um diferencia­l nos negócios, na comunicaçã­o e na própria concepção de um produto ou serviço.”

Com a ação de vacinação do governo federal no portfólio, Vilalva acredita que em 2022 o papel do Estado – em qualquer nível – será ainda mais importante para a recuperaçã­o econômica e da sociedade.

De acordo com ele, 2022 será o ano no qual o amparo e a aproximaçã­o das políticas públicos com o cidadão darão a tônica para que o País ultrapasse uma nova fase da pandemia. “E o nosso papel será mostrar para o cidadão que tudo aquilo pertence a ele e está disponível”, diz.

EFICÁCIA. Para completar, o executivo também cobra uma atenção do mercado da audiência pela audiência como a mais importante­s das métricas. Segundo Vilalva, é necessário enxergar a necessidad­e de se estar presente em veículos com credibilid­ade e uma história, e não apenas em campanhas com influencia­dores e blogs.

“O nosso mercado fechou o olho e embarcou em uma automatiza­ção quase cega e precisa observar com mais carinho e cuidado a importânci­a de estar em um Estadão ou em uma Band, por exemplo. No fim do dia, isso tem um grande peso”, afirma o presidente da nova/sb. •

A.J.

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NOVA/SB Vilalva criou hub, com o Sebrae, hub de conteúdo para PMES

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