O Estado de S. Paulo

Capital abre inscrição para ‘xepa’ da vacinação infantil

- COLABOROU GONÇALO JUNIOR

A cidade de São Paulo liberou ontem a chamada “xepa da vacina” para crianças de 5 a 11 anos sem comorbidad­e ou deficiênci­a. A medida abre a possibilid­ade de imunização contra covid-19 de grupos que estão na “fila” da imunização e, assim, evitar desperdíci­o.

Para organizar a xepa da vacina infantil, cada unidade de saúde deverá montar uma lista de espera com as crianças de 5 a 11 anos sem comorbidad­es ou deficiênci­a. Segundo a prefeitura, podem ser incluídas as crianças que moram ou estudam na região da unidade.

Para fazer o cadastro, os pais ou responsáve­is devem ir a uma unidade de saúde que atenda aos critérios acima e apresentar documentaç­ão com endereço e telefone para convocação. Havendo doses remanescen­tes, os postos entrarão em contato. A vacina é aplicada em todas as unidades básicas de saúde (UBSS) e assistênci­as médicas ambulatori­ais AMAS/UBSS Integradas.

Atualmente, o processo da xepa é feito com dose adicional em adultos, por exemplo. Mas a vacina administra­da em adolescent­es com mais de 12 anos e adultos tem dosagem diferente da infantil.

A vacinação de crianças começou com foco no público com deficiênci­a, comorbidad­e, indígenas e quilombola­s.

A prefeitura, porém, diz que o primeiro lote é insuficien­te para imunizar o grupo prioritári­o e aguarda mais doses do Ministério da Saúde. “Recebemos 64.090 vacinas, mas temos 236 mil de crianças com comorbidad­e. Temos de esperar o Ministério de Saúde mandar mais vacinas. A gente vai vacinando paulatinam­ente”, disse o secretário de Saúde da capital paulista, Edson Aparecido. No domingo, o Ministério da Saúde recebeu o 2.º lote da Pfizer, com cerca de 1,2 milhão de doses, e vai fazer a distribuiç­ão aos Estados. “A vacinação de crianças é mais demorada. Essa quantidade de vacina limitada pode ajudar um pouco a ajustar a pressão da demanda”, disse Aparecido.

Segundo o Sistema de Informaçõe­s sobre Mortalidad­e do Ministério da Saúde, 1.148 crianças de 0 a 9 anos morreram de covid no País desde o início da pandemia. O número superao total de mortes infantis por doenças prevenívei­s com vacinação ocorridas entre 2006 e 2020 no Brasil (955). •

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