Na China, ritmo de atividade desacelera no fim de 2021
A economia da China desacelerou nos últimos três meses do ano passado, após medidas governamentais para limitar a especulação imobiliária também prejudicarem outros setores. Bloqueios e restrições a viagens para conter o coronavírus também reduziram os gastos dos consumidores. Uma regulamentação mais rigorosa sobre empresas de internet e educação também desencadearam uma onda de demissões.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China disse ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) de outubro a dezembro foi apenas 4% maior do que no mesmo período de 2020. Isso representou uma desaceleração em relação ao crescimento de 4,9% no terceiro trimestre, de julho a setembro.
O crescimento foi puxado pelas exportações, impulsionadas pela maior demanda mundial por eletrônicos, móveis e outros produtos domésticos durante a pandemia. Isso fez a China registrar exportações recordes, impedindo que seu crescimento estagnasse.
Ao longo do ano passado, o PIB da China foi 8,1% maior do que em 2020, segundo o governo, mas grande parte do crescimento ocorreu no primeiro semestre do ano passado.
O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que os fundamentos econômicos do país
Crise sanitária Bloqueios e restrições a viagens para conter o coronavírus reduziram os gastos dos consumidores
asiático continuam “resilientes”. “No ano passado, o nosso PIB cresceu aproximadamente 8%, atingindo o objetivo duplo de crescimento razoavelmente alto e inflação relativamente baixa”, disse em discurso durante o Fórum Econômico Mundial, que geralmente ocorre em Davos, na Suíça, mas é realizado virtualmente neste ano por conta da pandemia.
Ontem, o Itaú Unibanco reduziu a alta do PIB chinês para 2022 de 5,1% para 4,7%. Em relatório, o banco afirma que a estratégia “covid zero” adotada pelo país trará impactos mais fortes nos serviços e na indústria de transformação. • NYT, CÍCERO COTRIM e ANDRÉ MARINHO