O Estado de S. Paulo

Empresa francesa pode romper com Djokovic após polêmica

Tênis

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A recusa de Novak Djokovic em se vacinar contra a covid19 pode começar a doer no bolso do tenista. Ele corre risco de perder patrocínio de marcas que não querem ser vinculadas a um negacionis­ta. A Lacoste, marca francesa de roupas que patrocina o número 1 do mundo, por exemplo, está incomodada. A empresa informou que irá conversar com o sérvio o mais rápido possível para “revisar os acontecime­ntos’’ em se envolveu nas últimas semanas.

“Assim que possível, entraremos em contato com Djokovic para revisar os eventos que acompanhar­am sua presença na Austrália. Desejamos a todos um excelente torneio e agradecemo­s aos organizado­res por todos os esforços para garantir que o torneio seja realizado em boas condições para jogadores, funcionári­os e espectador­es”, disse a empresa em comunicado.

Djokovic está fora do Aberto da Austrália após novela judicial por causa de problemas no visto referentes à falta de comprovaçã­o de vacinação contra a covid. Acabou deportado do país da Oceania.

A Lacoste é a primeira patrocinad­ora de Djokovic a romper o silêncio e colocar em xeque o apoio ao tenista. Segundo a imprensa dos EUA, o contrato entre as partes gira em torno de U$ 9 milhões (R$ 49,7 milhões). O acordo foi firmado em 2017, quando o sérvio abandonou a japonesa Uniclo.

O posicionam­ento da empresa francesa acontece na esteira de mais uma dor de cabeça para o tenista sérvio. A França aprovou no domingo o passaporte vacinal. Assim, atletas que pretendem competir em solo francês devem apresentar o comprovant­e de imunização, algo que Djokovic não tem porque se recusa a tomar a vacina contra covid-19.

É provável, portanto, que o número 1 do mundo não esteja na chave de Roland Garros, o segundo Grand Slam da temporada, que vai ocorrer de 22 de maio a 5 de junho. Se isso ocorrer, a Lacoste não terá seu maior garoto-propaganda no principal torneio francês do ano, que também é o maior palco de divulgação da marca, em Paris.

Por causa disso, e sobretudo pela polêmica criada por Djokovic, que afetou a sua imagem e por extensão pode atingir a dos patrocinad­ores, não está descartada a hipótese de a empresa francesa romper com o tenista.

Segundo a a revista Forbes, Djokovic faturou em 2021 cerca de US$ 30 milhões (R$ 165,7 milhões) com patrocínio­s. Entre as outras marcas que o apoiam estão a montadora francesa Peugeot e a empresa de material esportivo Asics. •

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DARKO BANDIC/AP Patrocinad­or quer explicaçõe­s de Djokovic; imagem arranhada

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