Aplicativos viram arma para tentar barrar ligações indesejadas
Celulares Contra o ‘spam’ Alimentadas pelos próprios usuários, ferramentas ajudam a descobrir quem está ligando para o número de telefone
Se notificações de Whatsapp e redes sociais já tiram a paz de qualquer um, a perturbação é ainda maior quando se trata de ligações spam. Para ajudar a aliviar o problema, existem alguns aplicativos que identificam quando uma ligação é indesejada.
As operadoras Claro, Vivo e Oi têm parcerias com o app sueco Truecaller, desenvolvido pela True Software, que consegue saber quem está ligando mesmo sem ter o contato salvo na agenda. Já a Samsung tem parceria com o Hiya, que tem a mesma função.
Para fazer a identificação, esses aplicativos usam bases de dados de números identificados pelos próprios usuários como spam – o fato de ser um trabalho de comunidade, feito pelos próprios usuários, explica por que as chamadas muitas vezes aparecem com nomes não oficiais.
TRUE CALLER. De origem sueca, o Truecaller ajuda a identificar e bloquear chamadas indesejadas – a plataforma diz quem está ligando, mesmo se o contato não estiver salvo na agenda do usuário.
O serviço, que tem 300 milhões de usuários no mundo, é gratuito e pode ser obtido nas lojas de Android e iphone. Porém, há como contratar o serviço por meio de operadoras, em alguns casos na versão premium, que não tem anúncios e com atualização constante.
Na Claro, o serviço é gratuito para planos pós-pagos – nos pré-pagos, o plano semanal custa R$ 4 e o mensal, R$ 10. Já na Vivo, há o plano semanal de R$ 5 e o mensal de R$ 15 (para todos os clientes). A Oi oferece o Truecaller dentro de um pacote chamado Te ligou Pro, que tem um plano semanal de R$ 4 para pré-pagos e um mensal de R$ 14 para pós-pagos.
HIYA. Outro app do tipo é o Hiya, que tem cerca de 200 milhões de usuários. A plataforma, pertencente a uma empresa americana, tem parceria com a Samsung para bloquear chamadas e avisar sobre suspeitas de spam em celulares Galaxy – o serviço oferecido pela operadora se chama Smart Call e precisa ser ativado nas configurações dos celulares.
Problema global
Plataforma Truecaller, de origem sueca, tem 300 milhões de usuários em todo o mundo
NÃO ME PERTURBE. Oferecida pelas teles e pelos bancos brasileiros, a Não Me Perturbe encerrou 2021 com quase 10 milhões de números cadastrados. Para usar o serviço, o usuário precisa se cadastrar no site do Não Me Perturbe e informar o número de telefone a ser bloqueado. •
Ninguém sabe exatamente o que será a Web 3, mas se acredita que trará bases para uma “nova internet”, pautada em protocolos descentralizados baseados em blockchain, criptomoedas e acessada por realidade virtual ou aumentada.
O frisson provocado pela ideia de que a internet pode estar prestes a renascer acende a possibilidade de um novo ciclo de oportunidades e prosperidade para novos empreendedores, que poderão aproveitar o momento para chegar primeiro e beber água fresca, em uma fase que tem, em tese, altíssimo potencial de valorização de investimentos.
Para entender a Web3, de forma simples, é preciso entender os dois ciclos anteriores. No primeiro, a rede nasceu pautada por protocolos descentralizados, com páginas estáticas e hyperlinks. No segundo, a tecnologia de interação em tempo real e multimídia tornou os sistemas muito mais sofisticados e centralizou o poder na mão de grandes plataformas – como Facebook e Google. Na Web3, novos protocolos baseados em blockchain, como criptomoedas, NFTS e outros ativos virtuais, prometem retomar a descentralização e dar mais poder aos usuários.
Nessa nova corrida do ouro, muitos movimentos podem ser sentidos. Fundadores, desenvolvedores e executivos de grandes empresas do Vale do Silício estão deixando seus cargos para apostar em startups de cripto e surfar na nova onda da Web3. Apesar de muita incerteza, a proliferação de emissão de tokens, dos NFTS e de diversas redes de criptomoedas já movimentaram centenas de dezenas de bilhões dólares só em 2021.
As big techs buscam, também, suas próprias respostas. Enquanto anunciam cada vez mais iniciativas no mundo cripto, aumentam seu arsenal para competir nessa nova realidade. Um exemplo muito recente está na aquisição da Activision Blizzard, empresa de games, pela Microsoft, na maior operação do tipo de sua história, por nada menos que US$ 68,7 bilhões. Estão em jogo aí não só o mercado de games, mas o domínio de tecnologias que serão essenciais para o metaverso, como a renderização de gráficos em 3D e a construção de mundos virtuais, que poderão ser a base das interfaces para a web do futuro.
Enquanto esse futuro não chega, muitas empresas de tecnologia já estão sentindo o baque da migração de funcionários para projetos ligados à Web3, o que pode mesmo sinalizar um potencial novo ciclo de inovação a caminho. Estaremos diante de um recomeço da internet? •
O frisson provocado pela ideia de que a internet esteja renascendo acende oportunidades