Fux e Fachin não irão a reunião de Bolsonaro
Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, não irão ao encontro organizado pelo presidente Jair Bolsonaro com embaixadores para tratar do sistema eleitoral do Brasil. Na reunião, prevista para amanhã, o presidente pretende apresentar aos estrangeiros a tese – não comprovada – de que pode haver fraude na urna eletrônica.
Em ofício enviado ao Palácio do Planalto, Fachin disse que o “dever de imparcialidade” o impede de ir à reunião. Já Fux estará fora de Brasília e só retornará à capital federal na terça-feira.
“Na condição de quem preside o tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”, diz ofício assinado pela chefe do cerimonial do TSE, Fernanda Jannuzzi.
Bolsonaro também convidou para o encontro de amanhã os presidentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira, e do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes. Pereira confirmou presença.
A reunião de Bolsonaro é uma “resposta” a um evento realizado em maio pelo TSE para apresentar aos embaixadores
Recusa Fachin disse que o ‘dever de imparcialidade’ o impede de ir ao encontro organizado pelo presidente
estrangeiros o funcionamento do sistema eletrônico de votação adotado no Brasil.
Em live realizada em junho, Bolsonaro disse que marcou um encontro com “50 embaixadores” para discutir o assunto. “Vamos mostrar 2014 e 2018, onde eu ganhei no primeiro turno. Agora eu falo isso, não é da boca para fora, é comprovado”, afirmou o presidente.
O Planalto não informou a relação de convidados que confirmaram presença.