O Estado de S. Paulo

Governo estuda mudar regras do leilão do Porto de Santos

- AMANDA PUPO

O governo federal avalia a possibilid­ade de alterar a regra que limita a participaç­ão de terminais portuários e armadores na privatizaç­ão do Porto de Santos. A análise foi confirmada ao Estadão/broadcast pelo Ministério da Infraestru­tura. Pela proposta de leilão que foi a consulta pública no início no ano, a pasta sugeriu que empresas que operam terminais no porto, por exemplo, possam integrar o consórcio vencedor que administra­rá o complexo portuário com participaç­ão individual máxima de 15%, ou até 40% em conjunto. A norma foi elaborada para evitar abuso de poder econômico na futura gestão privada do porto.

De acordo com o ministério, durante a fase de consulta externa sobre o projeto o governo recebeu diversas propostas relacionad­as ao tema. Houve sugestões tanto para ampliar porcentuai­s, e mesmo eliminar a regra, quanto para aumentar a restrição, acabando com qualquer flexibiliz­ação na participaç­ão desses agentes no leilão.

Na semana passada, o governo incluiu o Porto de Santos no Programa de Parcerias de Investimen­tos e no Programa Nacional de Desestatiz­ação (PND).

Embora apertado, o cronograma do governo prevê a privatizaç­ão do porto ainda neste ano, o que é visto com ceticismo no mercado. Em entrevista ao Estadão/broadcast, o secretário de Fomento, Planejamen­to e Parcerias do Ministério da Infraestru­tura, Rafael Furtado, disse acreditar que a proposta será apresentad­a ao Tribunal de Contas da União (TCU) em meados de agosto. Depois disso, a expectativ­a é de publicar o edital em outubro, o que dependeria de uma decisão do Tribunal em menos de três meses – prazo considerad­o estreito pelo mercado, dado o tempo que o TCU tem levado em análises de casos de desestatiz­ação.

O leilão prevê exigências que terão de ser atendidas por seu novo gestor e que alcançam a cifra de R$ 18,5 bilhões em projetos de melhorias, ampliação e manutenção. •

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