Banco foi avaliado em R$ 25 bilhões
Pelas contas dos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, do BTG Pactual, essa fatia de 5,16% da TIM no C6 vale R$ 1,3 bilhão. Eles tomaram por base o fato de que o Jpmorgan pagou R$ 10 bilhões por uma participação de 40% no C6 um ano atrás, o que deu ao banco digital uma avaliação de R$ 25 bilhões.
• PONTA DO LÁPIS. Os analistas farejam aí a chance de a TIM ganhar um bom dinheiro no futuro negociando essa fatia no C6. Afinal, seu negócio é vender planos de telefonia e internet, não contas correntes. O Jpmorgan seria um candidato natural a arrematar essa fatia.
• LÓGICA. Em relatório, eles apontaram que o Jpmorgan pode estar interessado em ficar sozinho no C6, ao lado apenas dos sócios-fundadores, fazendo uma oferta de compra da participação da TIM no
banco digital. Se a oferta for feita, os analistas esperam que o C6 valha, pelo menos, os mesmos R$ 25 bilhões, apesar da queda no valor das fintechs desde o início do ano.
• PEDRA NO CAMINHO. Outro detalhe importante: o acordo entre TIM e C6 estabelece que a tele não pode ser diluída em caso de potenciais aumentos de capital na instituição financeira ou na entrada de novos sócios no negócio – algo que seria uma pedra no sapato do banco se tiver interesse em emitir ações.
• DISPUTA. Vale lembrar ainda que a TIM e o C6 iniciaram um processo de arbitragem em 2021 para resolver discordâncias sobre o plano de metas que baliza o envio de clientes da tele para o banco, e a remuneração atrelada a essas metas. O C6 pediu a rescisão do acordo, mas a TIM conseguiu uma decisão favorável, que a preserva dentro do negócio.
• PLANOS. O presidente da TIM, Alberto Griselli, foi questionado por analistas, em teleconferência, sobre os rumos no C6. A resposta é que qualquer tomada de decisão precisa aguardar o fim do processo de arbitragem. Procurado, o C6 disse que não comentaria.
• ESPERA. A fabricante de snacks salgados e doces Dori teve de recolher seus planos de levar a companhia à Bolsa no início do ano, mas não desistiu. Aguarda uma melhora de mercado para retomar o projeto e enquanto isso dá prioridade ao resultado. No semestre, a Dori investiu R$ 33 milhões na ampliação da capacidade de produtos mais caros e na modernização de suas instalações.
CROCANTE. A empresa fechou o trimestre com receita bruta recorde de R$ 398 milhões, enquanto o Ebtida (geração de caixa) avançou 35%, para R$ 48 milhões. As festas juninas e julinas ajudaram no resultado.
LONGO PRAZO. Os prédios corporativos ainda têm um longo caminho até se recuperarem dos efeitos da pandemia. Se a recuperação se mantiver, a ocupação desses imóveis levará cerca de três anos para atingir os mesmos níveis vistos antes da chegada da covid-19 em São Paulo. A estimativa foi feita pela gestora Mérito Investimentos, a partir de números de mercado levantados pela consultoria Buildings.
INDO. A taxa de vacância hoje está em 20,9%, um dos patamares mais altos já registrados pelo setor. Até o início de 2020, a taxa era de 15,1%. Segundo a Buildings, há crescimento nas locações. A absorção líquida (saldo entre áreas alugadas e devolvidas) foi positiva em 47 mil m² no segundo trimestre e 38,5 mil m² no primeiro trimestre. Já ao longo de 2020 e 2021, os números ficaram no campo negativo.