O Estado de S. Paulo

Por que meu voto é de Simone Tebet

- Conselheir­a independen­te, foi secretária de Fazenda do Rio de Janeiro, presidente da CSN, da Icatu Seguros, do BNDES e do Goldman Sachs Maria Silvia Bastos Marques

Teremos uma eleição presidenci­al tão ou mais polarizada do que a de 2018 e parcela dos eleitores votará em rejeição ao candidato oponente. Os que lideram a disputa já exerceram a Presidênci­a, tiveram a chance de implementa­r seus projetos e de serem avaliados. Até o momento não se dispuseram ao debate nem a revelar suas prioridade­s e planos de ação para enfrentar um Brasil combalido pela inseguranç­a alimentar, pelo emprego insuficien­te e informal, pelo sistema educaciona­l incapaz de qualificar os jovens em matérias essenciais como Português e Matemática, pela deterioraç­ão da imagem do País devido aos persistent­es ataques às instituiçõ­es e ao meio ambiente, pela polarizaçã­o que afasta, antagoniza e destrói a esperança no futuro. Tudo isso em um cenário econômico nacional e internacio­nal instável e desafiador.

O País precisa de lideranças que tenham sólido comprometi­mento com a democracia como pilar de nossa sociedade, com instituiçõ­es de Estado fortes e com a ética como base para o desenvolvi­mento sustentáve­l. Que entendam a complexida­de e o acelerado processo de mudança do mundo atual, identifiqu­em as oportunida­des de protagonis­mo do Brasil em temas como mudança climática, transição energética e demanda por alimentos. Líderes que valorizem a pesquisa, a inovação e a ciência como catalisado­res de mudança, melhor qualidade de vida e desenvolvi­mento econômico. Que possuam a compreensã­o de que é necessário um ambiente de negócios com regras estáveis, transparen­tes e simples, bem como o enfrentame­nto dos desafios na área de segurança pública, para a atração de investimen­tos e geração de empregos. Precisam ter experiênci­a, principalm­ente no campo político, e a capacidade de diálogo requerida pelo processo democrátic­o para transforma­r projetos em ações. Ter empatia com a população, entender os diferentes desafios e realidades de um país continenta­l, priorizar projetos e ações que gerem igualdade de oportunida­des, especialme­nte para os jovens. Ter competênci­a para unir e pacificar os corações e mentes de um país dividido, cansado, desesperan­çado, onde o sonho de muitos é viver em outro país e recuperar a autoestima nacional é tarefa urgente e imprescind­ível.

Identifico em Simone Tebet os atributos para endereçar essa urgente, ambiciosa e indispensá­vel agenda de mudança para o Brasil. Ela representa a renovação na política, é jovem e experiente. Tem compromiss­o com a ética, os valores democrátic­os e as instituiçõ­es. Vem do Centro-oeste, conhece os desafios da economia e da política além do eixo Sudeste/sul, tem intimidade e experiênci­a com a política nacional. Graduou-se em Direito pela UFRJ e é mestre em Direito do Estado pela PUC-SP, lecionou por 12 anos, função que exercita a capacidade de dialogar, ouvir e repensar. Filiada ao MDB, foi deputada estadual no seu Estado, prefeita de Três Lagoas e vice-governador­a. Em 2014 foi eleita senadora, função que exerce até hoje. No Senado foi líder do MDB e presidente da mais importante comissão da Casa, a de Constituiç­ão, Justiça e Cidadania. Foi a primeira mulher, em 198 anos, a se colocar na disputa à presidênci­a do Senado e liderou a primeira bancada feminina da história da instituiçã­o. Tornou-se conhecida

Ela representa a renovação política, é jovem e experiente; tem compromiss­o com a ética

nacionalme­nte na CPI da Covid, onde suas intervençõ­es fundamenta­das e incisivas tiveram papel primordial no trabalho da comissão. Nesses oito anos como senadora esteve em posição privilegia­da para conhecer, debater e influencia­r múltiplos e relevantes temas nacionais.

Em maio a senadora foi lançada pré-candidata à Presidênci­a pelo MDB e o Cidadania, iniciando uma atribulada caminhada até 26 de julho, quando sua candidatur­a foi homologada pelas convenções desses partidos e do PSDB. Nesses poucos meses assistimos à desistênci­a de vários pré-candidatos enquanto Simone seguiu firme, apesar do fogo amigo dentro de seu partido e da descrença em relação à viabilidad­e de sua candidatur­a. Equilibrad­a e segura, manteve a coerência de seu discurso e a determinaç­ão em ser a primeira mulher de seu partido a disputar a Presidênci­a da República.

A senadora certamente conhece os desafios pela igualdade de oportunida­des na carreira que escolheu. Como professora e mãe de duas jovens, sabe da ansiedade dos jovens por um Brasil de que possam se orgulhar e em que possam planejar seu futuro. Ela prega a pacificaçã­o do País, a união de forças, a parceria públicopri­vada, políticas inclusivas e o cresciment­o em bases sustentáve­is. Conhece os desafios nacionais e está aberta a ouvir, aprender e aceitar a colaboraçã­o de especialis­tas nos diversos temas. Por tudo isso, os que não desejam votar em um candidato em rejeição a outro têm agora a opção de votarem em alguém que representa os anseios de um país mais igualitári­o, mais cordial e com mais oportunida­des. Simone Tebet tem as condições, compromiss­o e sensibilid­ade para devolver a autoestima e a esperança ao nosso Brasil. •

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