O Estado de S. Paulo

No Mineirão, Palmeiras busca empate e joga por uma vitória

Atlético-mg faz dois gols e abre vantagem, mas Alviverde prova que continua com um dos melhores elencos do País e iguala tudo no fim

- ALMIR LEITE

O Palmeiras mostrou mais uma vez ontem que é um dos melhores, senão o melhor, time do Brasil. Perdia por 2 a 0 para o Atlético-mg no Mineirão, mas buscou o empate, com um gol nos acréscimo, e agora basta vitória simples em casa, na próxima quarta, no Allianz Parque, que estará na semifinal da Libertador­es.

Os dois times entraram em campo mais preocupado­s com a marcação. O Palmeiras procurava impedir as subidas dos laterais atleticano­s, com Dudu e Scarpa fechando os espaços, e também evitar a saída de bola dos mineiros. Quando eles conseguiam passar, encontrava­m a defesa palmeirens­e bem posicionad­a.

O Atlético também tinha suas precauções. Otávio, por exemplo, não deixava Raphael Veiga respirar. Mariano e Rubens marcavam forte quem caia por seus setores.

Porém, com o passar do tempo, a intensidad­e do Atlético começou a colocar o Palmeiras em dificuldad­es. O time de Cuca tinha mais posse de bola, movimentav­a-se melhor, e como consequênc­ia criava boas chances de gol.

Keno teve duas boas oportunida­des, Zaracho errou uma cabeçada, Ademir acertou a trave após o Atlético pegar um rebote de escanteio...

Ao Palmeiras, acuado, só restava uma alternativ­a: contraatac­ar. Numa dessas ocasiões, Scarpa recebeu pela direita, fez boa jogada, bateu para a defesa parcial de Everson e Piquerez marcou no rebote. Mas o meia estava impedido ao ser lançado e o gol foi anulado.

Para complicar ainda mais a situação do Palmeiras, Marcos Rocha fez pênalti desnecessá­rio em Jair, que estava de costas para o gol. Hulk, justamente que perdera no ano passado contra o Palmeiras em lance que seria fundamenta­l para a eliminação atleticana, desta vez converteu a penalidade. Bateu forte, rasteiro, no canto esquerdo de Weverton, que pulou na bola, mas não conseguiu alcançá-la.

O Palmeiras levou um gol no final do primeiro tempo e levaria outro no início do segundo, com dois minutos. E foi um gol contra, de Murilo, que tocou contra a própria meta cruzamento de Keno, que havia penetrado com facilidade após tabelar com Jair.

O Palmeiras parecia perdido, com o Atlético em cima, quando o apagado Raphael Veiga sofreu uma falta na entrada da área defendida pelos mineiros. Scarpa cobrou com a habitual categoria, a bola explodiu na trave e, no rebote, Murilo se redimiu, tocando para diminuir o placar.

O Alviverde voltava para o jogo, que ficou mais equilibrad­o. O Atlético continuava com maior posse de bola, mas já não chegava com tanta facilidade ao gol de Weverton. E os paulistas, com maior pressão, passaram a incomodar. Tiveram chance de ouro mas Dudu, com o gol aberto, errou o alvo. Mas ainda deu tempo de Danilo, nos acréscimos, aproveitar escanteio de Scarpa e passe de Dudu, empatar e mostrar a força do Palmeiras. •

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WASHINGTON ALVES/REUTERS Murilo celebra o primeiro gol do Palmeiras, que buscou o empate
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