O Estado de S. Paulo

Crédito no Auxílio Brasil é ideia do governo e bancos avaliam se vale a pena entrar

- COM JULIA LINDNER E GUSTAVO CÔRTES

Aproposta de oferecer crédito consignado a beneficiár­ios do Auxílio Brasil não partiu do setor financeiro, mas do ex-ministro da Cidadania João Roma (Republican­os), hoje candidato ao governo da Bahia, interessad­o em turbinar o alcance do programa social. Neste momento, os maiores bancos do País avaliam se vale a pena operar no segmento, temendo o risco de trincar a própria imagem ao oferecer crédito a uma população vulnerável. Até a Caixa, que vai oferecer empréstimo­s nessa linha, prevê reforçar a mensagem do crédito consciente aos tomadores. Há ainda incertezas sobre qual taxa de juros cobrar, uma vez que os beneficiár­ios hoje atendidos podem amanhã perder os condiciona­ntes que permitiam acessar o programa.

• QUEM. O Ministério da Cidadania não quis informar quais são as instituiçõ­es financeira­s que já demonstrar­am interesse no negócio – nesta sexta, o Bradesco afirmou que não deve entrar. No mercado, a aposta é que quatro entidades deverão se engajar, pelo foco no consignado: Banco Pan, Agibank, Safra e Daycoval.

• TODOS. Além de Jair Bolsonaro (PL), a Febraban abriu tratativas com representa­ntes da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para convidá-lo para almoçar na entidade. Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) também serão chamados. Ainda não há data fechada, mas a Febraban havia deliberado fazer todos os encontros em agosto.

• ROMARIA. Na semana passada, Paulo Guedes esteve em evento da XP. O ministro acertou participar de outro no BTG, dia 18, junto com Arthur Lira, e também confirmou presença no Santander no fim do mês.

• ROLETA. Não estava nos planos de Fernando Haddad (PT) ter a mulher de Márcio França (PSB), a professora Lúcia França, na vice. Até o último minuto, Haddad tentou defender a escolha pela médica Marianne Pinotti. Mas, segundo um interlocut­or de Haddad, a recusa de Marina Silva (Rede) à vaga deixou o petista sem argumentos contra a exigência de França.

• SOMA. Aliados de Alessandro Molon (PSB) projetam arrecadar mais de R$ 1 milhão com a vaquinha virtual lançada para sua campanha ao Senado. A cúpula da sigla ameaçou excluí-lo da divisão de recursos do fundo partidário em meio ao impasse com o PT, que lançou André Ceciliano ao posto.

• SOMA 2. Até as 19 horas de ontem, dia que marcou a abertura da arrecadaçã­o, Molon havia recebido R$ 8.917 em 87 doações. O valor equivale a uma média de R$ 102 por contribuiç­ão.

• SUPERCENTR­ÃO. O governador Wilson Lima (União), que tenta a reeleição no Amazonas, formalizou coligação com dez partidos, que incluem o núcleo do Centrão: PL, PP, Republican­os, além de PSC, PTB, Patriota, Avante, PRTB e PMN.

• SÓ AQUI. A Secretaria de Fazenda de São Paulo baixou resolução estabelece­ndo que, a partir de agora, empresas interessad­as em pedir benefício fiscal devem buscar exclusivam­ente o seu balcão, mesmo que já tenham feito pedidos a outras pastas do governo.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil