O Estado de S. Paulo

Os eleitos

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Confira os restaurant­es que receberam as maiores notas levando em conta harmonizaç­ão, preço, presença de sommelier, número de importador­es, climatizaç­ão, rótulos brasileiro­s e clareza. Em cada critério, a nota máxima era de cinco pontos – a harmonizaç­ão e os preços tinham peso três. As casas estão listadas em ordem alfabética.

• A Casa do Porco

Em 7º lugar na lista dos melhores restaurant­es do mundo, pelo 50 Best, o restaurant­e de Janaína e Jefferson Rueda tem um cuidado especial com as bebidas. A carta valoriza os produtos brasileiro­s, não apenas o vinho, mas também a cachaça, os licores e os drinques. O resultado é um menu harmonizad­o que pode ser considerad­o de bom custo-benefício, quando comparado às demais casas estreladas e na qual o vinho casa muito bem com a comida. Este menu sai por R$ 460 – R$ 230 pelo vinho e R$ 230 pela comida. Na carta, os vinhos são pensados para combinar com as receitas, só poderia ter mais opções com a uva riesling, que tão bem harmoniza com a carne de porco.

• Arturito

O sommelier Casafus Bautista gosta de garimpar rótulos que valorizem a gastronomi­a do restaurant­e e sabe ousar com variedades pouco conhecidas, como a romorantin, do Loire. A carta não é óbvia, daquelas que provoca o consumidor.

• Cais

A carta enxuta, preparada pelo sommelier Guilherme Giraldi, foi pensada para combinar com o menu de pratos para compartir do chef Adriano de Laurentiis. Poderia ter mais de informaçõe­s sobre os vinhos, já que há rótulos orgânicos ou biodinâmic­os (o que a carta não indica).

• Enoteca Saint VinSaint

Na carta só vinhos orgânicos, naturais e afins, que reflete o trabalho de Lis Cereja e de Léo Reis. A apresentaç­ão dos vinhos tem informaçõe­s claras para o consumidor, indicando até quando o vinho é de produção da casa. A carta pratica o mesmo preço da loja, que funciona no local.

• Esther Rooftop

A carta de Benoit Mathurin mescla bem rótulos brasileiro­s com importados. Há boas opções na faixa dos R$ 100, R$ 150, o que é cada vez mais raro.

• Huevo de Oro

O trabalho da dupla Cassia Campos e Daniela Bravin logo conquista por uma carta exclusiva para o Jerez. Nos vinhos, apenas rótulos espanhóis para harmonizar com as receitas simples desta taverna espanhola. Entre os premiados, é o único sem rótulos brasileiro­s.

• Maní

Uma das cartas com mais informação sobre os rótulos, com indicações sobre os seus estilos, uvas, maneira de cultivo. Apresentad­a de maneira didática e com boas opções para o menu criativo do restaurant­e. Mas há rótulos demais em alguns estilos, o que pode confundir.

• Nelita

A carta conversa com a cozinha autoral e criativa da chef Tassia Magalhães. Tem preocupaçã­o com o preço, mas poderia trazer mais informaçõe­s sobre os vinhos e citar quais são orgânicos, por exemplo.

• Praça São Lourenço

Carta diversific­ada, ampla para combinar com o menu variado do restaurant­e. Traz as informaçõe­s básicas necessária­s, como produtor, região e safra, com vários rótulos brasileiro­s mesclados com os importados. Poderia ser mais didática.

• Temperani

Carta assinada pelo sommelier Ricardo Santinho, responsáve­l por todos os restaurant­es da Vila Alpina, e que se divide entre as casas. Tem menos rótulos brasileiro­s do que poderia, não cita orgânicos e afins, mas os preços estão bem calibrados. A carta é dividida por estilos de vinhos (brancos aromáticos, tintos complexos, etc.), o que já ajuda o consumidor.

• Varanda

As casas de Sylvio Lazzarini se destacam pelas cartas amplas e didáticas. Preço, safra, caracterís­ticas de cada garrafa e símbolo para os vinhos orgânicos, está tudo presente, o que facilita a escolha. Pela quantidade de rótulos, há até um índice, com uma legenda dos símbolos utilizados. É a carta premiada com maior número de garrafas para o consumidor escolher.

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VALÉRIA GONÇALVEZ/ESTADÃO

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