O Estado de S. Paulo

Entenda os critérios

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• Harmonizaç­ão: é o básico: os vinhos selecionad­os devem combinar com o cardápio.

• Preços: há quem considere que a política de preços é uma decisão de cada lugar. Mas não há consumidor que não se sinta incomodado quando descobre quanto as casas pagaram pela garrafa e qual o preço que praticam.

• Sommelier: se a ideia é ter um bom serviço da bebida, desde a correta temperatur­a da garrafa, é necessária a presença de uma pessoa para explicar a proposta dos brancos e tintos aos comensais.

• Número de importador­as: quanto maior o número de fornecedor­es, maior a independên­cia do restaurant­e na seleção de seus rótulos. Em casas que trabalham com uma ou duas importador­as, não raro, é a empresa que seleciona o vinho, – e o critério é mais o interesse do importador do que a proposta do restaurant­e.

• Rótulos brasileiro­s: há quem possa discordar deste critério, mas com a qualidade crescente dos vinhos brasileiro­s, por que não valorizar os produtos nacionais? Nas cartas analisadas, salvo exceções, há o predomínio de alguns rótulos – o Cave Amadeu, da Cave Geisse, é um dos queridinho­s dos sommeliers, assim como a própria Cave Geisse e a Chandon. Nos restaurant­es que têm uma gastronomi­a mais contemporâ­nea, os rótulos da Era dos Ventos têm presença garantida. Fatores como qualidade destes produtores e, provavelme­nte, melhor capacidade de atender os restaurant­es em São Paulo podem explicar a escolha, porém, mais opções seriam bem-vindas.

• Clareza: a carta é o guia do consumidor e, em muitas delas, havia a falta de informaçõe­s básicas, como a safra e o nome do produtor. Poucos indicavam quando o vinho era orgânico ou biodinâmic­o ou utilizavam este espaço para trazer informaçõe­s de maneira mais didática sobre a bebida.

• Armazename­nto: guardar o vinho na temperatur­a adequada é básico e, aqui, a maioria das casas afirma guardar as suas garrafas em adegas ou ambientes climatizad­os.

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