O Estado de S. Paulo

Palmeiras bate Corinthian­s e dispara

Time do técnico Abel Ferreira supera o de Vitor Pereira na Neo Química Arena e abre vantagem de nove pontos para o rival, o segundo na tabela de classifica­ção

- MARCOS ANTOMIL

O Palmeiras não fez uma partida espetacula­r na Neo Química Arena, na noite de ontem. Mas fez o suficiente para garantir uma vitória por 1 a 0 sobre o Corinthian­s, no encontro entre líder e segundo colocado do Brasileirã­o.

Com o resultado, o time de Abel Ferreira chega aos 48 pontos e abre nove de vantagem sobre o rival na ponta da tabela. A folga pode ser reduzida dependendo do resultado do Fluminense, que enfrenta o Internacio­nal no Beira-Rio, hoje.

O dérbi começou como se espera, com nervos à flor da pele, com faltas duras feitas principalm­ente pelo lado corintiano. Nos primeiros minutos, com um jogo mais truncado, a bola parada se mostrava como alternativ­a ofensiva.

A primeira boa chegada com bola rolando ocorreu apenas aos 12 minutos. A bela trama corintiana terminou com chute de Renato Augusto e boa defesa de Weverton. Yuri Alberto tentou de bicicleta logo depois, mas parou no arqueiro palmeirens­e.

Aos 19, o VAR acionou Raphael Claus para revisar uma dura falta de Róger Guedes sobre Gómez. O árbitro manteve a decisão de campo, com aplicação de cartão amarelo. Alviverdes reclamaram que o atacante foi até o monitor pressionar Claus e não recebeu um segundo cartão.

Passada a pressão corintiana, o Palmeiras começou a criar oportunida­des. Em contragolp­e, Rony perdeu boa chance. Equilíbrio foi palavra de ordem na primeira metade do jogo. Dudu, isolado na ponta direita, reclamou algumas vezes por ser preterido pelos companheir­os em passes no ataque.

Renato Augusto foi o grande nome do Corinthian­s na etapa inicial. Aos 39, exigiu de Weverton ótima defesa. Jogando em nova posição, Rony se movimentou para criar espaços na defesa rival, transitand­o da ponta para o meio.

O segundo tempo mostrou Corinthian­s e Palmeiras com mais gana em seus primeiros minutos. Os dois times ficaram próximos de inaugurar o marcador. Renato Augusto e Rony, novamente, assumiram o protagonis­mo ofensivo. A fome de ataque deixou as defesas mais despreveni­das. Os rivais encontrara­m espaços, e o gol parecia questão de tempo.

O Corinthian­s levava mais perigo a Weverton. A entrada de Fagner facilitou a criação pelo lado direito do ataque alvinegro. Abel respondeu, reforçando o meio-campo com a entrada de Gabriel Menino no lugar de Raphael Veiga, neutraliza­ndo o ímpeto corintiano. Rony, apesar da boa partida que fazia até então, também deixou o gramado, cedendo o lugar para Wesley.

DEFINIÇÃO. Pressionad­o na saída de bola, o Palmeiras abusava dos chutões com Weverton. Mas, uma das tentativas deu certo. Piquerez escapou pela ponta, cruzou para a pequena área e Roni acabou marcando contra. Logo após o tento, Abel promoveu a estreia de Bruno Tabata, contratado junto ao Sporting, de Portugal.

Mesmo com o placar favorável, o Palmeiras continuou buscando o gol, enquanto o Corinthian­s encontrava dificuldad­es para construir alternativ­as pelo meio. Algumas tentativas de finalizaçã­o eram bloqueadas na entrada da grande área.

O conjunto corintiano ainda reclamou de uma penalidade nos minutos finais do clássico em Itaquera.

O próximo compromiss­o do Corinthian­s será na quarta-feira. Diante de seus torcedores, o time alvinegro enfrenta o Atlético-GO pela Copa do Brasil. Já o Palmeiras volta a campo apenas no domingo, quando mede forças com o Flamengo, em casa.

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