O Estado de S. Paulo

Júlia Murat leva principal prêmio em Locarno por ‘Regra 34’

‘Big Bang’, de Carlos Segundo, ‘É Noite na América’, de Ana Vaz e ‘Sovereign’, de Wara, também receberam premiações

- MARIANE MORISAWA

Regra 34, da brasileira Júlia Murat, ganhou no sábado, 13, o principal prêmio do Festival de Locarno, o Leopardo de Ouro da competição internacio­nal de cinema. No filme, Simone (Sol

Miranda) é uma jovem advogada negra que pagou sua faculdade fazendo performanc­es sexuais online. Enquanto trabalha com acolhiment­o de mulheres vítimas de abusos, ela se envolve em um mundo de erotismo e violência.

Ela não foi a única brasileira premiada. Big Bang, de Carlos Segundo, ganhou o Leopardo de Ouro para melhor curta de autor. No filme, Chico (Giovanni Venturini), que tem nanismo, sobrevive consertand­o fornos em Uberlândia. Ele resolve resistir por não suportar mais ser desprezado pela sociedade.

É Noite na América, de Ana Vaz, levou menção especial na competição Leopardo Verde WWF. O filme segue animais fugindo da extinção em Brasília.

Os três filmes eram os únicos brasileiro­s em Locarno neste ano. Todos são coproduçõe­s. Regra 34 e Big Bang com a França e É Noite na América, de Itália, França e Brasil. Além disso, Wara, cineasta de nacionalid­ade brasileira, levou o prêmio de melhor curta internacio­nal pela produção cubana Sovereign.

Outro latino-americano que se destacou foi Tengo Sueños Eléctricos, coprodução de Bélgica, França e Costa Rica da costa-riquenha Valentina Maurel. O longa levou os prêmios de melhor direção, atriz (Daniela Marín Navarro) e ator (Reinaldo Amien Gutiérrez). Na competição Cineastas do Presente, o vencedor foi Nightsiren, de Tereza Nvotová, coprodução de Eslováquia e República Checa. •

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EFE Júlia com o Leopardo de Ouro na competição internacio­nal

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