O Estado de S. Paulo

Lula e equipe de transição discutem ‘recheio’ de Cidades e Integração

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Além dos titulares de cada pasta em seu governo, Lula deverá bater o martelo nos próximos dias sobre os formatos dos novos ministério­s, que estão sendo reformulad­os e podem ser turbinados. Uma das discussões na transição é transferir a Codevasf e a Funasa para o Ministério das Cidades, alvo de interesse dos partidos de centro e até do Centrão. A pasta será criada a partir da divisão do atual Ministério do Desenvolvi­mento Regional, onde já está alocada a Codevasf. Já a Funasa hoje é vinculada ao Ministério da Saúde. O Ministério da Integração, por sua vez, poderia abrigar os bancos regionais. A opção ainda é dúvida porque não se sabe se Fernando Haddad toparia ceder o controle das instituiçõ­es.

• JOIA. Cidades e Integração estão sendo cobiçados por MDB, União Brasil e PSB. Petistas sugerem por sua vez que, se a Integração for mesmo turbinada, que a pasta seja comandada por Wellington Dias (PT-PI). Ainda mais se Lula optar por deixar a Codevasf sob sua jurisdição.

• LAVAÇÃO. A votação da resolução para salvar o orçamento secreto, nesta sexta (16), rachou o PT. Líder no Senado, Paulo Rocha (PT-PA) se absteve, embora tenha acompanhad­o a sessão.

• LAVAÇÃO 2. Após Renan Calheiros (MDB-AL) chamar o PT de “incoerente”, Reginaldo Lopes (PT-MG) devolveu na mesma moeda. “Acho estranho que o senador Renan venha dar lição ao meu partido, sendo que o partido dele encaminhou ‘sim’ em todas as votações. Espero que o Parlamento não traga para esta Casa as brigas de Alagoas”, disse, em referência à rusga de Renan com Arthur Lira (PP-AL).

• SINAIS. Senadores creem que a votação apressada da resolução foi uma “jogada ensaiada” de Rodrigo Pacheco com Ricardo Lewandowsk­i. O ministro do STF já conhecia a proposta legislativ­a, mas ficaria melhor apresentar a ele um fato concreto – a resolução aprovada – do que apenas mais uma promessa.

• QUERO. O MDB vê a possível indicação de Renan Filho para o Planejamen­to como um passaporte para o partido ingressar na equipe econômica do futuro governo. A posição levaria a sigla ao núcleo decisório da nova administra­ção e serviria ainda de grife para um líder novo que desponta no partido, tal qual Baleia Rossi e Simone Tebet.

• QUERO 2. No Planejamen­to, Renan Filho controlari­a o orçamento, podendo atender a prefeitos e deputados de uma maneira mais transversa­l – atravessan­do todos os ministério­s – do que no Minas e Energia.

• OUTRA VEZ. O PL, de Valdemar Costa Neto, tenta mais um recurso no TSE para desbloquea­r as contas do partido, após seu pedido de reconsider­ação ter sido rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes na quinta (15). A sigla ingressou com mandado de segurança na Corte eleitoral nesta sexta.

• APOSTAS. A presidente do PCDOB, Luciana Santos, é cotada para assumir o Ministério da Mulher. Ela esteve com Lula nesta semana. Já o deputado André de Paula (PSD-PE) pode assumir a Embratur no lugar de Gilson Machado.

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