O Estado de S. Paulo

Honda apresenta nova Elite 125 de olho no segmento das scooters

Modelo de entrada da marca teve desenho renovado e ficou mais eficiente com o start&Stop para disputar compradore­s em fatia de mercado que não para de crescer

- ARTHUR CALDEIRA

As scooters, espécie de moto com câmbio automático, tiveram aumento das vendas acima da média do mercado nos últimos anos. Apesar de representa­rem apenas 9,4% das motos vendidas no Brasil em 2023 com 150 mil unidades, os emplacamen­tos de scooters cresceram 17,6% em relação a 2022. De olho no segmento, a Honda renovou sua scooter mais acessível, a Elite 125. Além de um design mais moderno, o modelo ganhou outro motor com sistema “Start & Stop” que atende às regras de emissão de poluentes atuais.

Econômicas e fáceis de pilotar, as scooters têm atraído iniciantes e novos usuários. A Elite 125 2025, por exemplo, tem consumo de 49,9 km/litro, segundo testes do Instituto Mauá feitos a pedido da Honda. Com 125 cc, ela tem câmbio automático CVT, que dispensa trocas de marchas.

A demanda por mobilidade explica parte do sucesso das scooters, principalm­ente nas grandes cidades. Em municípios menores, funcionam como uma alternativ­a ao falho sistema de transporte público.

De acordo com pesquisas da Honda, as scooters atraem novos clientes para o mundo das duas rodas, como jovens, recém-habilitado­s e o público feminino, que responde por 60% das vendas do modelo.

MOTOR MENOS POLUENTE. Segunda scooter mais vendida do segmento, a Elite emplacou mais de 10 mil unidades até março, quase o dobro de sua principal concorrent­e, a Yamaha Neo, também de 125 cc.

Com a atualizaçã­o do motor para atender à nova fase do programa que reduz o limite de emissão de poluentes, a Honda fez uma reforma completa: adotou uma nova plataforma, baseada na Dio 125, scooter comerciali­zada na Índia e em outros mercados asiáticos. Com linhas mais arredondad­as do que a antiga, a Elite 2025 e manteve farol em LED, mas lanterna e seta têm lâmpadas convencion­ais.

A novidade mais importante está no motor, de um cilindro, duas válvulas, 123,9 cm³ de capacidade e arrefecime­nto a ar. Movido a gasolina, gera 8,2 cv de potência e 1,06 mkgf de torque. O desempenho é um pouco inferior ao da Elite anterior, mas com nível de emissão abaixo do determinad­o pela lei.

Colabora com isso o start& stop, que desliga o motor em paradas longas para redudir o consumo e as emissões.

O novo modelo também oferece mais praticidad­e, graças ao espaço sob o assento, que ficou maior que o da geração anterior, mas ainda assim não comporta um capacete fechado. A scooter renovada chega às lojas na segunda quinzena de junho, com quatro opções de cor: azul, branca, preta e vermelha e três anos de garantia. A tabela subiu 3% em relação à da linha anterior e passou de R$ 12.580 para R$ 12.966. •

Cada vez mais as scooters têm conquistad­o motociclis­tas iniciantes e até mesmo novos usuários para o mundo das motos. Nos últimos três anos, a produção de scooters cresceu cerca de 40%, chegando a quase 150 mil unidades em 2023.

Equipadas com câmbio automático CVT, esses veículos são fáceis de pilotar, atraindo assim quem não tem muita experiênci­a sobre duas rodas. De acordo com dados da Honda, para 62% dos compradore­s do Elite, a scooter com motror de 125 cm3 era sua primeira moto.

Além da facilidade, por não exigir habilidade para controlar a embreagem e trocar as marchas, as scooters também são econômicas. Um modelo como a Elite 125, por exemplo, pode rodar 49,9 km com um litro de gasolina, segundo testes da Honda. Com a variação constante nos preços do combustíve­l, o baixo consumo é importante para quem usa o veículo nos trajetos diários.

O compartime­nto que existe sob o assento também facilita transporta­r coisas, tornando o veículo prático para o dia a dia. Com preços acessíveis, de menos de R$ 15 mil, as scooters de 125 cc reúnem atrativos para quem opta pela moto como um meio de locomoção.

Pensando nisso, elaboramos uma lista, comparando as caracterís­ticas e equipament­os de cada modelo, para você escolher a sua; confira.

HONDA ELITE 125. O design da nova Elite 125 ficou mais harmonioso e o acabamento melhorou. Seu motor polui menos e ganhou o sistema Start & Stop, porém ficou menos potente. Não que isso seja primordial nesse segmento, afinal com a velocidade máxima de 89 km/h, a Elite cumpre bem sua proposta de ser um veículo urbano. Destaque para o painel que agora tem computador de bordo, com consumo e autonomia.

Apesar de algumas melhorias, como o bocal externo do tanque e do compartime­nto maior sob o banco, a Elite 2025 não trouxe grandes inovações em relação ao modelo anterior. A chave de presença e o sistema ABS, itens presentes em outras scooters Honda e nas concorrent­es, ficaram de fora da lista de atualizaçõ­es da Elite 2025. O modelo ainda tem a ignição tradiciona­l e usa freio a disco, na dianteira, mas tambor na traseira, com sistema combinado (CBS).

A Honda Elite 125 2025 tem garantia de três anos e preço público sugerido de R$ 12.966.

YAMAHA NEO 125. Scooter mais vendida da Yamaha e o quarta no ranking em 2023, a Yamaha Neo também é uma boa opção para quem está começando no mundo das motos. Leve (pesa 97 kg) e com motor de 9,8 cv, a Neo se diferencia das concorrent­es pelas suas rodas de 14 polegadas, que encaram melhor a buraqueira de nossas ruas.

Os freios são a disco, na dianteira, e a tambor, na traseira, com sistema combinado. Seu painel é analógico e bastante simples: traz velocímetr­o, marcador de combustíve­l, apenas um hodômetro total e luzes de advertênci­a. O farol é de LED. Conta com um pequeno porta-objetos no escudo frontal e, sob o assento, cabe uma mochila ou um capacete de pequenas dimensões.

A Yamaha Neo 125 tem três opções de cores: azul, cinza e vermelho metálico. Outro diferencia­l é que a marca oferece quatro anos de garantia e o preço sugerido é de R$ 13.395.

HAOJUE LINDY 125. Equipado com motor de 125 cc, carburado, a scooter Lindy da Haojue produz 8,4 cv de potência máxima e faz 35 km/litro, segundo a empresa. Equipada com câmbio CVT, a Lindy usa rodas de 10 polegadas, tanto na dianteira, como na traseira. Os freios também são a disco, na frente, e a tambor, atrás, com sistema combinado.

Busca crescente Para atender o aumento da demanda País, produção de scooters cresceu 40% nos últimos três anos

O painel é analógico, porém completo, e o sistema de iluminação usa lâmpadas halógenas. Embora o compartime­nto sob o banco tenha capacidade para apenas 11 litros, a Lindy 125 é vendida com baú traseiro, onde cabe um capacete fechado.

Com garantia de dois anos, a Lindy 125 tem preço sugerido de R$ 13.734 e está disponível em quatro cores.

YAMAHA FLUO 125. Com motor de 125 cc e rodas de 12 polegadas, a nova Yamaha Fluo 125 ABS traz diversos equipament­os que a destacam no segmento de scooters de entrada, como a chave de presença e a tomada 12V no escudo frontal, que permite carregar o smartphone durante a pilotagem. Além de sistema start&stop, seu motor tem 9,5 cv de potência.

Entretanto, o grande diferencia­l da Fluo para as concorrent­es está nos freios. O modelo é a única scooter de entrada equipada com sistema ABS, que atua apenas na pinça simples do disco dianteiro de 200 mm. Na traseira, o freio é a tambor, com 130 mm de diâmetro.

À venda nas cores azul, marrom e preto, todas metálicas, a Fluo 125 tem preço público sugerido de R$ 14.790. O valor, maior que as concorrent­es, justifica-se pela chave de presença e, principalm­ente, pelo freio ABS, ainda que somente na roda dianteira. •

Versáteis

Além de fáceis de pilotar, elas são econômicas, algo importante para quem usa o veículo todos os dias

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HONDA/DIVULGAÇÃO Elite 125 foi a segunda scooter mais vendida do Brasil em 2023
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1. Yamaha Neo 125 UBS 2. Honda Elite 125 3. Yamaha Fluo 125 ABS 4. Haojue Lindy 125 !
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