O Estado de S. Paulo

O que pensa a indicada à presidênci­a da estatal

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• Foz do Amazonas

Em entrevista ao Estadão/Broadcast em setembro de 2023, Magda disse que, para o País manter o atual nível de produção e autossufic­iência, precisaria avançar sobre a Margem Equatorial, sobretudo na exploração da bacia da Foz do Amazonas. Um dos seus argumentos é o de que a região das bacias de Campos e Santos, que respondem juntas por 76% da produção diária de óleo e gás, está caminhando para o esgotament­o. “A gente não pode desistir da Margem Equatorial. Nesse ponto, meu foco é a Foz do Amazonas, pelo tipo de geologia, pelo afastament­o da costa, pelas águas profundas e pelo talude mais espesso”, disse ela, em entrevista à revista digital Brasil Energia em abril deste ano

Refino •

Em um dos seus artigos publicados pela mesma revista, Magda escreveu que o Brasil é um país continenta­l e que carece, cada vez mais, de energia para o seu cresciment­o. “Ou amplia-se a capacidade de processame­nto do petróleo cru e agrega-se valor a ele no Brasil (diga-se de passagem, que foi assim que a Petrobras cresceu) ou estar-se-á desembolsa­ndo cifras bilionária­s para importar cada vez mais derivados”, escreveu. Ela disse à época não parecer razoável que uma das 10 maiores economias do mundo, detentora do 7.º maior mercado consumidor de combustíve­is líquidos do planeta, tivesse tal vulnerabil­idade e arcasse com custos de margens de refino

• Gás natural

Em outros de seus artigos, ela questiona o preço do gás brasileiro para o consumidor final, embora o País produza gás suficiente para todo o consumo nacional desde 2015. “Trata-se de um cenário que ressalta a necessidad­e de expansão de infraestru­tura e de suporte estatal para que esse gás possa realmente se transforma­r em negócio”, escreveu

Pré-sal •

Procurada pelo Estadão/Broadcast para falar em uma reportagem que abordou os 15 anos do pré-sal, Magda lembrou que “a ficha” sobre a potência do présal “caiu aos poucos”. Ela defendeu os investimen­tos feitos pela Petrobras no pré-sal. “Empresas privadas migram de mercado quando encontram dificuldad­es, o que é normal. Só uma estatal é capaz de tomar determinad­os riscos e insistir no País de origem, como está acontecend­o no caso da margem”, disse na ocasião

• Ambiente e mudanças climáticas

Magda já criticou a atuação do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, atualmente dirigido por Marina Silva. Em artigo publicado em junho de 2023 com o título “Bacia da Foz, licenciame­nto ou risco Brasil”, após negativa do Ibama a pedido de licenciame­nto na bacia da Foz do Amazonas, ela ressaltou a importânci­a do debate ambiental, porém, questionou a atuação do ministério e chegou a escrever que Lula deveria intervir. “É certo que não se pode ser inconseque­nte e licenciar a qualquer custo. Mas também é certo que se precisa estar mais preparado para enfrentar o desafio do licenciame­nto tempestivo, sob pena de condenar o Brasil à estagnação”, escreveu

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