Opala & CIA

MEU OPALA

O Opala na vida deste casal catarinens­e é um HOBBY QUE VIROU PAIXÃO. Uma paixão se transformo­u em NEGÓCIO. E um negócio que se converteu em ESTILO DE VIDA...

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A história de paixão que une casal que se conheceu e constituiu família sempre tendo um Opala como testemunha

Ahistória de Rafael e Denise pode muito bem ser contada através do para-brisa de um Opala. Um não. Muitos! Afinal, o casal, natural de Florianópo­lis (capital de Santa Catarina), se conheceu, apaixonou-se, namorou, casou e constituiu família sempre tendo como “testemunha” algum exemplar do clássico modelo Chevrolet... Para o comerciant­e Rafael Ferreira Maciel, hoje com 34 anos, a paixão vem de infância. Mais precisamen­te da memória dos muitos

Opalas que passaram pela garagem de seu pai. “Meu pai já era ligado em Opala muito antes de eu nascer. Lembro-me que ele trocava de carro todo ano, sempre por um Opala mais moderno. E muitas vezes mantinha na garagem o chamado casal; ou seja, um Opala e uma Caravan”, recorda o comerciant­e. “Então posso dizer que nasci e cresci dentro de um Chevrolet”, afirma.

Apesar de guiar os carros da família desde os 12 anos de idade, foi apenas aos 18, após tirar a tão sonhada habilitaçã­o, que Rafael ga

O COMODORO é USADO NO DIA A DIA PELA... PROPRIETáR­IA!

nhou do pai o primeiro Opala para chamar de seu – no caso, uma Caravan 250-S 1985. Na época, ele já estava casado com Denise. E a paixão do casal foi crescendo no mesmo ritmo em que aumentava a admiração que ambos nutriam pelo Opala. Tanto que o casal praticamen­te só teve o modelo Chevrolet na garagem nestes dezoito anos em que está junto. Um hobby que extrapolou a barreira da paixão e acabou se convertend­o em negócio. “Como costumo ser muito exigente e meus carros sempre foram muito bem conservado­s, acabei virando alvo de assédio por parte dos conhecidos”, narra o comerciant­e, que já naquela época passou a ser chamado no meio como o “Rafael dos Opalas”.

Unindo o útil ao agradável, Rafael deu conta do potencial financeiro de seu conhecimen­to e fundou a RM Opalas, dedicada exclusivam­ente à compra e venda de exemplares do modelo Chevrolet. “Hoje comerciali­zo uma média de 12 carros por ano”, detalha Rafael, que busca qualidade e não quantidade em seus negócios. “O grande segredo do sucesso da minha loja é que só compro modelos, mesmo que seja para revender, como se estivesse comprando-os para mim”, enfatiza. “E sou muito criterioso com relação à conservaçã­o e originalid­ade.”

CARRO DA PATROA

Já no caso da esposa Denise Barreto, 38 anos, o gosto pelas linhas retas e pelo tradiciona­l ronco do motor “seis canecos” do Opala foram influência direta da convivênci­a com Rafael. Mas nem por isso ela se considera atualmente uma fã menos de

O MODELO FOI COMPRADO DUAS VEZES PELO CASAL “OPALEIRO”...

votada do que o marido. Por sinal, o raro Comodoro 1982 que ilustra a reportagem pertence a ela, que utiliza o luxuoso modelo como carro do dia a dia. “Além de raro, esse carro tem uma trajetória no mínimo curiosa”, conta a proprietár­ia, destacando o refinado acabamento marcado por acessórios de luxo, como direção hidráulica, ar-condiciona­do e câmbio automático de três marchas. “Esse pacote completo de acabamento era mais comum na versão Diplomata, o que torna esse Comodoro extremamen­te incomum”, aponta Denise, ressaltand­o ainda a perfeita originalid­ade do Chevrolet. “O único item que foge ao padrão de época são as rodas, substituíd­as por modelos de Diplomata 1992. Mas as originais estão guardadas, inclusive o estepe”, diz.

Quanto à trajetória do modelo, o casal conta que o adquiriu em meados de 1999, de um médico que o comprara do primeiro dono na capital Florianópo­lis. “Ficamos com esse carro por um bom tempo, mas um amigo do Rio Grande do Sul acabou fazendo uma proposta irrecusáve­l e levou o Comodoro embora”, lembra Rafael, que para compensar a esposa pela “perda” comprou vários outros exemplares igualmente bem conservado­s. “Tudo em vão”, diz o comerciant­e. “A Denise jamais esqueceu o Comodoro Automatic. E vivia dizendo que nenhum outro modelo seria como aquele”, lembra o marido.

Para ter seu amado Chevrolet de volta, Denise pôs em prática um plano ardiloso, que envolveu até mesmo sua mãe. “Minha sogra veio me dizer que precisava da minha ajuda para fazer uma surpresa para a filha, comprando de volta o Comodoro para presenteá-la de aniversári­o”, conta Rafael, que mesmo sem perceber o plano, entendeu o recado e ele próprio recomprou o modelo e

APESAR DOS 30 ANOS, O MODELO GM ESTá EM PERFEITA FORMA!

presenteou a mulher.

Hoje, o casal é visto pela capital catarinens­e não só a bordo do raro Comodoro, mas também dos muitos outros exemplares do charmoso Chevrolet que preservam na garagem. “Participam­os juntos até mesmo de provas de arrancada”, afirma Rafael, que lembra também que a paixão já contagiou a nova geração da família. “Estou restaurand­o um SS 1979 que será o presente de aniversári­o de nossa filha Sandy, que completará 18 anos em janeiro do próximo ano”, finaliza o “casal dos Opalas”.

O LUXUOSO INTERIOR é DESTACADO PELA PRESENçA DO CâMBIO AUTOMáTICO

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Texto e Fotos de Luiz Guedes Jr.
 ??  ?? As rodas de Diplomata 1992 são o único item que foge à originalid­ade neste perfeito e raro Opala Comodoro 1982
As rodas de Diplomata 1992 são o único item que foge à originalid­ade neste perfeito e raro Opala Comodoro 1982
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O motor seis cilindros e o câmbio automático de três marchas formam um pacote incomum no caso do Comodoro, pois era mais usual na linha Diplomata
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