Opala & CIA

REFLEXO DE ÉPOCA

Embora POUCO NOTADOS, os ESPELHOS RETROVISOR­ES externos ajudam a DESCOBRIR rapidament­e o ANO DE FABRICAÇÃO do Opala e seus derivados

- Por Rogério Ferraresi/ Fotos de Arquivo

Durante o longo período em produção, a família Opala teve diversas alterações no desenho dos espelhos retrovisor­es externos e também internos. Circulares ou rentagular­es, eles também ajudam a descobrir, num simples olhar, o ano em que o carro foi fabricado. A começar pelo retrovisor da primeira geração da família Opala lançada em 1969 e que era o mesmo utilizado no Opel Rekord C. Como era costume na época, o Opala também saia de linha somente com retrovisor externo do lado do motorista.

Circular, este modelo foi utilizado até 1978. Com carcaça de aço inox e braço fundido em de liga de Zamak, que ganhava acabamento cromado. Esta peça tem numeração GM 7322193 e é fixada na porta por dois parafusos do tipo Phillips (4,8 x 19 mm), para evitar que durante a montagem a ferramenta acidentalm­ente escape e risque a pintura, algo comum de ocorrer com chave de fenda. Já o retrovisor interno, peça GM número 7328455, não tem sistema anti-reflexo para eliminar o efeito dos faróis altos pela traseira. De plástico preto é fixado por três parafusos (3,5 x 16 mm), também do tipo Phillips.

LIGEIRAS MODIFICAÇÕ­ES

Ao laçar o esportivo SS, em 1971, a GMB manteve o mesmo retrovisor externo, mas no caso da nova versão básica, denominada Opala Especial, o braço do retrovisor externo não era cromado, mas pintado em um tom de cinza, o que não só tinha a finalidade de reduzir custos de produção, mas também diferencia­r o modelo das versões mais caras. Já em 1973 surgiu o espelho interno denominado popularmen­te “tic-tac”, com dispositiv­o de regulagem anti-reflexo (peça GM número 7334326), mas que era opcional. Porém, maior parte das unidades produzidas continuara­m sendo equipadas com o espelho interno comum. Em 1974, quando do lançamento do esportivo “econômico” SS4, algumas unidades saíram de fábrica com o espelho externo tendo a carcaça e o braço pintados em preto. Porém, a maioria dos SS4 saiu de fábrica com o braço em preto, mas com a carcaça de aço inox, sem pintura.

Em 1975, o espelho externo da linha de esportivos, tanto SS4 como SS6, passou a sair de fábrica com o pé pintado em

preto (peça GM número 9300407). No ano seguinte os espelhos internos também foram redesenhad­os, tanto o comum (peça GM número 9300686) quanto o “tic-tac” (peça GM número 9300687). E, em 1978, os esportivos passaram a sair de fábrica com espelhos carenados, tipo competição. Também foi a primeira vez que um modelo da linha Opala saiu de fábrica com espelhos nas duas portas. Peças GM número 9306834 (lado esquerdo) e 9307642 (lado direito).

O espelho retrovisor externo de aço inox (peça GM número 94607084), mas com carcaça retangular, lançado no Chevette 1973, foi adotado na linha Opala em 1979. A peça podia ter o pé cromado ou pintado em cinza. Este modelo era usado, desde 1972, no Opel Rekord D. Aparenteme­nte foi um recurso para diferencia­r o Opala do Comodoro e, talvez, para solucionar um eventual problema devido ao fim do estoque dos espelhos circulares, que deixariam de ser utilizados no ano seguinte. Não foi, entretanto, uma adaptação muito feliz: a peça aparafusad­a em posição diferente, aliado ao desenho da carcaça, dificultav­a a movimentaç­ão do quebra-vento.

NA ERA DO PLÁSTICO

O retrovisor externo também ganhou novo desenho por ocasião da segunda reestiliza­ção da linha Opala, realizada em 1980. De plástico ABS preto, esta peça também foi adotada na família Chevette e em todas as versões da linha Opala, inclusive no Comodoro, Diplomata e até mesmo no SS, para reduzir custos com a produção em escala. Com o pé de Zamak, pintado de preto, tinha aspecto bem pobre.

A linha Opala lançada em 1985 ganhou novo retrovisor externo de plástico liso preto, mas de melhor qualidade. A caixa do espelho de grandes dimensões possibilit­ou a instalação dos mecanismos do controle manual interno da lente, que era feito por meio de rótula e cabos de aço. Os cabos passavam por dentro do braço, também plástico e que era oco. Outra novidade foi a adoção do comando elétrico de regulagem do retrovisor para o Diplomata.

Já em 1989 o pé do retrovisor externo teve o tamanho da base ampliado, enquanto as caixas passaram a ter um aplique plástico pintado na cor do carro, caso do Diplomata. Dois anos depois, quando a carroceria sedã não tinha mais quebra-vento, os retrovisor­es

externos ganharam novo desenho, mais aerodinâmi­co, e passaram a ser fixados nos “cajados” das portas. As novas peças eram semelhante­s as que já estavam sendo utilizadas no Monza e no Chevette.

ONDE ENCONTRAR

Na Supimpa, fornecedor­a especializ­ada na linha Opala e que só trabalha com peças novas, encontramo­s o espelho externo da linha 1969/78 por R$ 115,00. Na mesma loja é possível adquirir, por valor idêntico, a mesma peça para ser instalada na porta direita. O componente que não existia nos anos setenta foi desenvolvi­do devido ao grande número de pedidos e tem o pé com angulação exclusiva.

Ainda na Supimpa encontramo­s réplicas dos espelhos aerodinâmi­cos dos modelos SS 1978/79, com carcaças em alumínio (as originais eram de plástico), que são comerciali­zados sem pintura por R$ 260,00 o par. Já os espelhos para os modelos 1980/84, são mais baratos: R$ 38,00 o par. Um componente raro encontrado na mesma loja foi o espelho externo do modelo 1989/92 para a porta direita, com controle manual, por R$ 265,00. A loja paulistana também tem as capas utilizadas em espelhos para pintar a R$ 18,00 cada e, ainda lá, encontramo­s o espelho retrovisor interno novo do tipo simples, utilizado entre 1975/92 sem sistema anti-reflexo, por R$ 32,00.

Já o Rei do Opala, comerciali­za componente­s originais usados. Um modelo interno, tipo “tic-tac”, para modelos fabricados entre 1973/75 sai por R$ 150,00, enquanto o mesmo tipo, mas para os modelos 1976/92, é vendido por R$ 180,00. O comerciant­e também aceita encomendas do espelho externo preto do SS4 1973/74 (peça nova, mas com preço sob consulta) e vende o modelo de aço inox do tipo Chevette, usado, por R$ 120,00. Para a linha 1985, o Rei do Opala tem em seu estoque espelhos externos de controle manual ou elétrico, da marca Metagal, por R$ 150,00 e R$ 200,00 a unidade.

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 ??  ?? Acima, o modelo “circular” que ficou em linha até 1978. Abaixo, o componente adotado na linha Opala nacional a partir de 1979...
Acima, o modelo “circular” que ficou em linha até 1978. Abaixo, o componente adotado na linha Opala nacional a partir de 1979...
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 ??  ?? A partir de 1981, o componente passou a ter carcaça de plástico, como nas versões usadas até 1984 (topo) e de 1985 a 1987 (acima). Abaixo, o retrovisor das linhas 1988/89
A partir de 1981, o componente passou a ter carcaça de plástico, como nas versões usadas até 1984 (topo) e de 1985 a 1987 (acima). Abaixo, o retrovisor das linhas 1988/89
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 ??  ?? No topo, o retrovisor de 1992 pintado na cor do carro. De cima para baixo, os espelhos internos usados de 1969 a 1975 e de 1976 a 1992. À esquerda, o componente da série SS de 1974
No topo, o retrovisor de 1992 pintado na cor do carro. De cima para baixo, os espelhos internos usados de 1969 a 1975 e de 1976 a 1992. À esquerda, o componente da série SS de 1974
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