PERSONALIZADO
MUITA CRIATIVIDADE e projeto aprimorado transformam o CLÁSSICO Opala 1970 NUMA MÁQUINA ARREBATADORA de olhares e prêmios
Gran Luxo 1970 ganha visual atual e mecânica de competição!
NOVOS PISTÕES, COMANDO “BRABO” E UMA REFINADA PREPARAÇÃO ELEVARAM OPALA 290 A POTÊNCIA DO PARA CV!
Alinha Opala 1970 pode ser classificada, sem nenhum exagero, como uma espécie de “sina” ou “carma” na vida do engenheiro mecânico Sérgio Antunes Campos. “Posso afirmar que sou fã de Opala desde que nasci. Isso porque eu literalmente nasci dentro de um Opala 1970, a caminho do hospital Odete Valadares, em Belo Horizonte. Por pura coincidência, meu primeiro carro também foi um Opala 1970 cupê”, afirma.
Por isso mesmo, não é de se espantar que o coração desse mineiro de 42 anos, atualmente residente do município de Igarapé, tenha batido mais acelerado quando ele encontrou à venda este Gran Luxo 1970 “Flor-de-Lis”. “Já tive outros modelos da linha Opala ao longo da vida, mas bastou eu colocar os olhos neste Gran Luxo para ter certeza de que se tratava de algo especial”, detalha Sérgio, que se deparou com o raro sedã durante um almoço de negócio, num restaurante rural chamado Cafundó, localizado em uma fazenda na cidade de São Joaquim de Bicas, interior de Minas Gerais. “O carro estava coberto por uma lona debaixo de uma estrutura de madeira típica de fazenda. Uma verdadeira jóia esperando para ser descoberta”, narra o atual proprietário.
Apesar do excelente estado de conservação e originalidade digna de placa preta, o engenheiro fechou negócio com uma proposta definida para o Opalão: “Minha ideia já era convertê-lo numa máquina quente, para andar forte na rua, com espírito de
ALÉM DE MUITA FORÇA BRUTA, O MOTOR TAMBÉM GANHOU CUIDADO ESPECIAL NA ESTÉTICA
competição”, detalha Sérgio. Após ter finalizado o projeto, o Opala agora revigorado passou a exibir uma refinada mecânica e um ronco tão estrondoso quanto o de um trovão, motivando o apelido Opala Tempestade, “um sucesso comprovado em dois grandes eventos nacionais, nos quais o modelo levou o troféu de destaque para casa”, ressalta o proprietário.
MECÂNICA REFINADA
Para apimentar o desempenho do carro, o engenheiro mineiro recorreu ao especialista Rogério Rascio, da oficina paulistana Allen. Lá, o motor original de seis cilindros teve montado pistões sobremedida 0,060 pole
gada, o que elevou ligeiramente a cilindrada para 4.221 cm³ (257 polegadas cúbicas). “Fora isso, o cabeçote foi retrabalhado aqui na oficina e ganhou válvulas maiores, enquanto o comando com 290º de duração, os tuchos mecânicos e os três corpos de borboleta da injeção de combustível são importados, da renomada marca Iskenderian”, resume o preparador. “Com isso, a potência subiu para cerca de 290 cv”, garante.
Ainda, segundo o preparador, outro detalhe interessante deste projeto é a substituição do sistema de carburação por um mais moderno, com injeção tripla de combustível, comandada pelo módulo FuelTech FT300 com monitor instalado no console interno. “Também tivemos que adaptar uma nova bomba elétrica de combustível, original dos atuais modelos Mercedes-Benz, para garantir maior vazão e pressão”, salienta Rogério. Por fim, o desempenho também foi melhorado com a adoção de um novo escapamento na configuração 6x2, mas com ponteira única, além do câmbio de 5 marchas original da linha Opala 1992.
No que se refere à segurança ativa, o modelo ganhou mais dinâmica nas curvas com
O PAINEL FOI INTEIRAMENTE PERSONALIZADO COM INSTRUMENTOS E VOLANTE DE MARCAS TRADICIONAIS
O MONITOR DE 7 POL. OPERA UM KIT MULTIMÍDIA COMPOSTO DE GPS, HDTV E DVD-PLAYER
o rebaixamento do conjunto de suspensão e também com a instalação de amortecedores especiais. “Já os freios passaram a ser a disco nas quatro rodas, também original do Diplomata 1992”, aponta o preparador da Allen. Completando o visual externo, o Opalão tem agora chamativas rodas da marca Verde, com aro de 18 polegadas, que estão “calçadas” com pneus de perfil baixo, de alta performance, nas medidas 225/40R18
CONFORTO INTERNO
Desenvolvido pela oficina M.A.R Projetos Especiais, localizada em Osasco (Grande São Paulo), o interior do clássico modelo Chevrolet também “pegou emprestado” alguns itens de conforto da linha Diplomata 92. “É o caso, por exemplo, da coluna de direção com regulagem de altura, além do ar-condicionado”, conta Márcio Honorato, responsável pela execução do projeto de “modernização” do habitáculo.
O painel foi inteiramente refeito com a instalação de saídas de ventilação do Ford Fiesta e vários instrumentos da linha Black, produzidos pela Cronomac. Acima deles, bem à frente do motorista, quatro luzes-espia indicam as funções de temperatura do óleo, carga da bateria, do pisca-pisca e farol alto, além de um shift-light. Ao centro, um monitor de 7 polegadas opera um kit multimídia composto de GPS, HDTV e DVD-Player. Abaixo dele, no console, encontram-se o monitor do módulo de injeção Fuel Tech FT300 e o WideBand, responsável pelo controle da queima de combustível, por meio da leitura dos gases do escapamento.
O volante de três raios da marca nacional Rosseti lembra o componente da antiga linha esportiva SS, enquanto as sapatas dos pedais são da italiana Sparco. Os vidros ganharam acionamento elétrico, com comandos localizados ao lado da alavanca de câmbio. Entre os bancos dianteiros, originais de Honda Civic revestidos em couro grafite, um pequeno nicho acomoda a alavanca do freio de estacionamento e os comandos do arcondicionado. “Outro ponto forte deste projeto é o sistema de som, com dois subwoofers Bravox e dois módulos Falcon instalados no porta-malas”, aponta o designer Márcio Honorato.
A mecânica afinada e o cuidado extremo com cada detalhe, como a ausência de qualquer fiação à mostra (até mesmo a bateria foi acomodada no porta-malas para não prejudicar o visual do motor) transformaram o “Opala Tempestade” em uma proposta exclusiva no segmento das personalizações e também na vida do engenheiro Sérgio. “Esse carro me fez acreditar que sonhos são possíveis, basta acreditar”, finaliza o orgulhoso proprietário.