DOZE UNIDADES
Não se sabe com precisão quantas unidades desta versão especial do Monza foram comercializadas. Além disso, com o passar do tempo acabaram sendo descaracterizadas ou se desgastaram. Por isso, é realmente raro encontrar uma unidade devidamente restaurada como a que ilustra esta reportagem. O carro pertence a uma colecionadora paulistana e, o mais curioso, é que ela conta ter adquirido o Monza por gostar do estilo do modelo e também pela cor, mas que não imaginava, inicialmente, a importância da raridade que agora tem.
Segundo a atual proprietária, a primeira dona adquiriu o carro novo em 1983, sendo que ele já saiu de fábrica com motor 1.8 (de 86 cv, 11 cv a mais que o 1.6) que era a grande novidade da linha Monza na ocasião, bem como a alavanca de câmbio, 25 mm mais curta que a do modelo 1982. Durante mais de vinte anos, a primeira proprietária preservou o raro Monza até vendê-lo, em 2004, para um amigo da família, que ficou com o carro até repassá-lo, em 2010, para a nova dona.
Junto com o carro também veio um relatório da primeira dona informando que, ao retirar o carro na Itororó, um diretor da concessionária lhe afirmou que seriam “montadas” apenas 12 unidades do Monza Clodovil. Além disso, antes de se desfazer do raro modelo em 2004, ela fez uma pesquisa sobre esta versão e conseguiu descobrir a existência de outra unidade remanescente, na cor azul, que se encontra na cidade do Rio de Janeiro.
Pouco rodado, o Monza já estava parado há cerca de um ano antes de ser adquirido pela nova dona, que prefere ficar no anonimato. Segundo ela nos relatou, o carro veio com os pneus ainda originais de fábrica: quatro Grand Prix S-70 185/70SR13, com a nota fiscal que detalha a instalação do “kit Clodovil” e até mesmo o chaveiro banhado a ouro. “O único detalhe que não veio no carro foram as malas, mas estou tentando encontrá-las. Porém, tenho certeza que este é o único Monza Clodovil ainda original rodando!”, acredita.