GOSTO NÃO SE DISCUTE
Vez em quando recebemos correspondência de leitores – algumas até bem mal-humoradas ou, pior, mal-educadas – indignados com a escolha que fazemos dos carros para as reportagens publicadas na revista. Geralmente, as queixas são daqueles que não se conformam com as alterações feitas pelos proprietários dos modelos personalizados fotografados, tendência que atualmente se difunde mundialmente e que procura modernizar detalhes de modelos de época, mas que acaba descaracterizando a originalidade de fábrica.
Como gosto é uma coisa que não se discute, procuramos respeitar as opiniões de todos nossos leitores, mas também aproveito para informar que essa pluralidade em abordar o universo “Opaleiro” – por sinal, um leitor também já reclamou da utilização deste termo – é o que garante o sucesso editorial desta publicação. Não fosse isso, bem provavelmente a revista não estaria mais circulando o que, acredito, seria algo bem pior mesmo para os indignados que não se conformam com os direitos dos outros.
Portanto, para “tristeza de alguns”, mas para “alegria de muitos”, informo que continuaremos mantendo a linha editorial da revista e destaco nesta edição um interessante modelo personalizado que une detalhes de duas gerações do Opala, outra tendência que vem ganhando força no universo do antigomobilismo. Para “compensar” também mostramos um Opala Luxo 1971, que conserva todo o charme da época em que saiu da linha de montagem, inclusive, com a chamativa tonalidade da carroceria.
Além disso, aproveitamos o aniversário de 20 anos de lançamento do sucessor do Opala para mostra um Omega GLS que pode ter sido a primeira unidade produzida, segundo fontes da própria fábrica, e que há cerca de dois anos foi doado pela General Motors ao Omega Clube do Brasil. Também abordamos a trajetória de um vitorioso Opala de competição, que há 25 anos faz sucesso nas provas de arrancada. Em Meu Opala, contamos a história de um sonho acalentado por muitos anos e agora realizado.
Na nossa série de reportagens especiais, históricas, detalhamos a evolução da terceira geração do motor “seis canecos” Chevrolet, que equipou diversos modelos da marca, mundo afora, inclusive o nosso Opala e, posteriormente, o Omega, bem como alguns utilitários fabricados aqui no Brasil, antes desta “arquitetura” ser definitivamente aposentada pela marca da gravatinha. Por fim, na seção Serviço, abordamos a sequência evolutiva dos bancos da linha Opala.