Opala & CIA

LIGAÇÃO SENTIMENTA­L

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Uma ligação muito especial, assim Rogério Rascio define sua afinidade com o carro que já possui há 27 anos. “Esse carro foi o início da Allen. Eu o comprei em 1986 e logo comecei a mexer nele visando participar das provas de arrancada. Primeiro troquei o motor de quatro cilindros por um de seis com um carburador Weber 44 IDA e comando de válvulas Iskenderia­n de 290°. Ainda com rodas “gaúchas”, coloquei o Opala para correr, isso três meses depois de comprar o carro”, lembra o dono da oficina.

A partir daí, o Opala amarelo de número 54 começou sua carreira de sucesso, vencendo várias etapas do campeonato paulista de arrancada. E já naquela época surgiu um competidor de muito peso. “Pode-se dizer que ali foi o verdadeiro começo das competiçõe­s de arrancada aqui no Brasil e, de cara, meu maior rival foi o Batistinha, com seu Maverick. E foi sempre uma briga muito equilibrad­a e agradável, um duelo que durou por muitos anos.”

Em 1989, quando competia na categoria TO (carros originais, nos quais é permitia apenas alterações na mecânica), Rogério conta que teve sua vitória inesquecív­el. “Foi na primeira vez que corri na pista de Pinhais, no Paraná. Nem tínhamos uma equipe organizada. Éramos só três: eu, minha esposa Eliane e o ‘Pelé’, que ainda é meu colaborado­r. Mesmo assim, vencemos disputando contra vários pilotos e carros já famosos que participar­am da prova, foi muito emocionant­e.”

Com o passar dos anos, o Opala foi sendo totalmente modificado, recebendo a tripla carburação Weber e outras alterações (antes de chegar à receita atual), todas a cargo da equipe Allen e de parceiros como Márcio Honorato, responsáve­l pelo sistema elétrico do modelo. “Este Opala deve sua história de sucesso ao trabalho sério e dedicado da nossa equipe”, diz Rogério Rascio, que faz questão de preservar esse símbolo, não só de sua oficina, mas da história das provas de arrancada no País.

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