CAPAS DE REVESTIMENTO
Até certo ponto não existe dificuldade para fazer uma correta restauração dos bancos do Opala. Os trilhos (ou reguladores) raramente quebram e as estruturas metálicas podem ser trocadas, assim com as molas e os enchimentos, tanto de fibra natural como de espuma sintética. O maior problema está no acabamento, pois as capas de revestimento utilizadas em determinados modelos, como as de desenhos geométricos dos modelos Especial e Gran Luxo, fabricados na primeira metade da década de 1970, há muito tempo sumiram do mercado. Outra dificuldade é encontrar alguém que faça a costura a quente, conforme era utilizada no revestimento dos bancos da versão Gran Luxo.
A solução para isso é de utilizar a mesma tecnologia aplicada na década de 1970. No caso das versões Especial e Gran Luxo, é necessário fazer uma tela de silk screen e pintar uma peça nova de vinil, com tinta adequada para o processo, e que teria de ser forte o suficiente para aderir ao plástico sem, entretanto, estragar a matriz. No caso do Gran Luxo, é necessária a fabricação de uma “faca” para fazer o desenho a quente característico do vinil. Esta “ferramenta” artesanal precisa ser ligada a uma resistência elétrica, aquecida para ser aplicada no material sintético, tal como ocorre nas máquinas seladoras de sacos plásticos. Brevemente abordaremos o tema “capas” e revestimentos que, devido à sua complexidade, necessita de uma reportagem específica sobre o assunto.