DEDICAÇÃO ABSOLUTA
Com a aposentadoria do Opala na Stock Car brasileira, Ney Faustini conta que também decidiu abandonar as pistas para se dedicar aos negócios. “Na época, eu resolvi ampliar minha atuação no ramo de comércio de automóveis e as corridas, além de tomar bom tempo, também consumiam dinheiro. Por isso, decidi dar um tempo para focar no trabalho esquecendo por um período as pistas”, lembra o empresário que dois anos mais tarde, em 1997, foi nomeado concessionário Chevrolet na capital paulista.
Na nova atividade, Ney diz que se dedicou de forma “Absoluta”. Por sinal, este é o nome da concessionária da qual ele é um dos titulares e que hoje é considerada uma das mais eficientes da marca no Brasil. “Foi uma fase tão estimulante que, confesso, ter me esquecido um pouco das corridas. Nesse período nós não só consolidamos o negócio, como também ampliamos seu raio de ação para o litoral paulista passando a atuar também no Guarujá, Santos e Praia Grande e onde, atualmente, somos líderes de mercado”, detalha.
Com os negócios estabilizados, o empresário lembra que o “vírus” das pistas voltou a lhe atacar. “Eu tinha muita vontade de experimentar um stock moderno para ver quais eram as diferenças com relação ao meu Opala e, há cerca de dois anos, tive a oportunidade de descobrir isso pilotando um Vectra, com o potente motor V-8 de 5,7 litros que é atualmente utilizado na Stock Car Brasil. Posteriormente, no começo do ano passado, o preparador Carlos Tigueis me convidou para correr na 300 Milhas de Interlagos com um carro da Stock Paulista e acabamos vencendo a prova. Isso me animou, após quinze anos longe das pistas, voltar a correr”, detalha Ney.
Incialmente, ele continuou pilotando o mesmo carro com o qual venceu a corrida de retorno equipado com motor Chevrolet, mas com carroceria de picape Mitsubishi. Mas, para este ano, Ney e o preparador Tigueis resolveram desenvolver um novo carro por dois motivos, conforme explica o piloto: “O primeiro se deve a péssima aerodinâmica do modelo anterior, que tem uma área de frontal muito grande. Por outro lado, como concessionário Chevrolet, eu queria correr com um modelo que divulgasse a marca. Desta forma, a carroceria da Montana resolveu os dois problemas, já que ela também é muito mais aerodinâmica”, finaliza Ney.