Opala & CIA

TRAJETÓRIA DE SUCESSO

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Lançada em abril de 1971, a terceira geração da linha Mercedes SL sucedeu a versão que ficou popularmen­te conhecida como Pagoda. Uma caracterís­tica que diferencia­va o novo modelo, de imediato, era seu compriment­o (4,37 metros) bem maior que o do antecessor. Outra novidade era a oferta do motor V8, um 3.499 cm³ com potência de 200 cv.

O desenho do novo SL se destacou pelo equilíbrio das linhas e, principalm­ente, pela sobriedade. Os faróis retangular­es e as lanternas traseiras, que seguiam a mesma forma, eram caneladas. As lanternas de sinalizaçã­o, tanto na dianteira como na traseira, avançavam pelas laterais. Opcionalme­nte era oferecido o teto rígido, que o transforma­va num cupê. O único problema era a operação de instalação o retirada deste componente e que requeria duas pessoas para manusear a pesada peça.

Em abril de 1973 foi lançada uma versão mais potente, a SL 450, também com motor V8, mas de 4.520 cm³ e com 225 cv, acoplado a um câmbio automático de três velocidade­s. Importados durante a década de 1970 os Mercedes-Benz SL da série R107 trazidos para cá eram, na sua maioria, equipados com motor V8 e transmissã­o automática. Mas também havia a versão com motor seis-em-linha.

Essa versão, denominada SL 280, era equipada com motor de 2.746 cm³, alimentado por injeção mecânica Bosch K-Jetronic. Este motor tinha potência de 185 cv e torque de 24,5 mkgf “empurrando” os 1.500 kg a cerca de 200 km/h, conforme dados do fabricante. A título de comparação, o 4,1 litros do Opala, que equipa o modelo da reportagem, desenvolve potência de 135 cv, mas o torque de 29 mkgf é mais alto, o que explica a facilidade de movimentar o Mercedes.

A terceira geração da linha SL foi fabricada por 19 anos, até 1989. Foi o modelo da Mercedes-Benz produzido por mais tempo, com mais de 2 milhões de unidades montadas. Aqui no Brasil, foram desenvolvi­das duas réplicas deste modelo, ambas equipadas com a mecânica de seis cilindros do Opala. Uma foi o Lafer LL, lançado em meados dos anos setenta. Na década de 1980, outra empresa, a Servmax, de São Bernardo do Campo, SP, chegou a produzir algumas unidades do seu SV500, que o cliente podia adquirir em forma de kit ou montado.

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