Opala & CIA

DESCOBERTA NA LOCADORA

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O Sabre que ilustra as fotos desta reportagem pertence atualmente ao protético Daniel Fernandes

Tiago, que também é proprietár­io de uma locadora de vídeo em Itapeceric­a da

Serra, SP. Apaixonado pelos esportivos nacionais com carroceria de plástico e fibra-de-vidro, antes do Sabre

Daniel já tinha possuído sete carros fabricados com esse material composto (três Pumas GTB, dois GTS e um Bianco). Além disso, ele sempre procurou “ficar por dentro” de todas novidades do setor e, inclusive, guarda as fotos que fez do Sabre durante o Salão do Automóvel de 1990, quando o modelo ainda não tinha sua linha definitiva.

Há cerca de três anos, Daniel ficou muito curioso quando um cliente da locadora passou a alugar com muita freqüência o DVD do filme “Carandiru”. “Um dia ele me disse que alugava o DVD daquele filme somente para mostrar para os parentes e amigos o carro esportivo do seu filho, que aparecia numa cena”, conta Daniel. “Na mesma ocasião eu comprei uma edição especial da Editora Online, sobre a história dos esportivos brasileiro­s, e fiquei sabendo que se tratava do Sabre”, lembra o protético.

Assim que o DVD voltou à locadora, Daniel resolveu assistir o filme. “Apesar de aparecer por apenas 42 segundos, o Sabre amarelo chama a atenção”, detalha. “Alguns dias depois vi o carro passando em frente à locadora. Mas o mais curioso foi a ligação que recebi do meu mecânico de confiança, André de Camargo, meses mais tarde”, lembra Daniel. “Como eu sei que você gosta de esportivos de fibra, disse ele, tenho um aqui que está na medida pra você”. Fui até a oficina e lá estava a estrela do filme, em oferta, e por um preço tentador. Fechei negócio na hora”, conta o protético.

O carro de Daniel tem motor 250, alimentado por carburador Weber de corpo duplo, câmbio manual de cinco marchas, ar-condiciona­do, direção hidráulica, regulagem de altura do volante de direção, vidros e travas das portas com acionament­o elétrico e estofament­o de couro da Procar. Além disso, junto com os documentos do Sabre, também veio o contrato de locação feito com os produtores de “Carandiru”. Segundo Daniel, o esportivo acabou saindo por uma verdadeira “pechincha”. “Acredito que por se tratar de um modelo exclusivo, que muitos não conheciam, mesmo com a fama no filme o antigo proprietár­io teve dificuldad­es para encontrar um comprador”, analisa Daniel, que comprou o carro em dezembro e até hoje curte o Sabre. “Pra dizer que não precisei fazer nada, mandei retocar a pintura dos pára-choques e fazer uma revisão no carburador.

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