Pais & Filhos

Lava, lava, lava

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NA CORRERIA DO DIA A DIA, O BANHO É UM MOMENTO RESERVADO PARA OS CUIDADOS CONSIGO MESMO. ENSINE SEU FILHO A CURTI-LO DESDE CEDO!

Os primeiros banhos

Para o banho do bebê, é preciso deixar tudo preparado – sabonete, fralda, toalha – ali por perto, à mão para facilitar todo o processo e evitar imprevisto­s indesejado­s. E, ao contrário do que a gente pensa quando não tem experiênci­a, não é preciso se equipar com termômetro. A dermatolog­ista Selma Hélène, mãe de Rodrigo e Carolina, diz que COLOCAR O DORSO DA MÃO NA ÁGUA É O SUFICIENTE PARA VERIFICAR SE A TEMPERATUR­A É CONFORTÁVE­L PARA O BEBÊ. Feche as janelas para o vento não esfriá-la.

O nível de água deve ser baixo. O ideal é que ela cubra um pouco a barriga do recém-nascido, mas não fique acima disso, segundo a pediatra neonatolog­ista Camila Reibscheid, mãe de Bruno e Theo. E, importante: a altura da banheira tem que ser confortáve­l para a mãe, que deve manter os braços firmes para segurar o bebê.

Faça a higiene das partes íntimas com algodão antes de pôr o bebê na banheira, para não sujar a água do banho. Aí é chegada a hora: apoie o bebê em um braço e com o outro lave o rosto, a cabeça, o umbigo e, por último, a região genital, segundo a dermatolog­ista Selma (veja o passo a passo abaixo). E nada de colocar um fio de óleo corporal na água. “Algumas mães fazem isso para hidratar a pele do bebê, mas não é necessário. Ela já é muito hidratada. E, CASO HAJA ALGUM PROBLEMA DE RESSECAMEN­TO, É IMPORTANTE LEVÁ-LO A UM MÉDICO”, explica.

A máxima “menos é mais” vale também para os produtos usados na higiene do seu filho. Preste atenção, sempre, se são aprovados pela Anvisa. Se for um recém-nascido, prefira sabonete neutro, sem aditivo ou odor. E esqueça o xampu, indica a pediatra imunologis­ta Rosana Lanzellott­i, mãe de Giovanna e Lucas. ELA ORIENTA QUE O ENXÁGUE SEJA FEITO COM ÁGUA LIMPA. “A MAIOR PARTE DAS MÃES SE ESQUECE DISSO”, diz. Na hora de secá-lo, basta usar uma toalha-fralda com delicadeza, sem esfregar a pele.

Já para os bebês crescidos, o ideal é usar sabonete e xampu. Mas sempre os infantis, que segundo a dermatolog­ista Selma passam por controles de qualidade mais rigorosos e contêm menos química. “Assim, a criança estará menos exposta ao desenvolvi­mento de alergias”, aponta. Sobre a quantidade de banhos, apenas um por dia (com sabonete e xampu) já surte um bom efeito. Se for preciso outro banho, Selma aconselha que seja com sabonete apenas nas partes que mais transpirar­am, e no resto do corpo, água pura, só para refrescar.

A partir do momento que a criança ficar em pé, é hora de encarar o chuveiro, o que pode tornar os banhos mais práticos – mas não é preciso abandonar a banheira. Ela ainda pode ser usada para brincar, depois de uma ducha de higienizaç­ão.

Só para o chuveiro

A partir dos 5 anos, a criança terá vontade de tomar banho sozinha. Ela está ficando independen­te, querendo ter sua individual­idade, além de ser uma ótima oportunida­de de ensiná-la o ritual certo, para que não se esqueça.

“É importante que os pais apoiem e ensinem a criança a se responsabi­lizar por sua higiene com uma rotina que a ajude a aprender a tomar um bom banho”, aponta a pediatra Rosana Lanzellott­i. Uma boa dica é deixá-la seguir os mesmos passos todo dia, apenas supervisio­nando. Vocês podem definir a ordem juntos. SÓ É PRECISO LEMBRÁ-LA DE PASSAR XAMPU, LAVAR ORELHAS, ENSABOAR O CORPO, FAZER A HIGIENE GENITAL E O ENXÁGUE COM ÁGUA LIMPA. O banho pode ser morno, mas apenas pelo conforto: não há pesquisas que relacionem água mais quente à incidência de resfriados, de acordo com a pediatra.

Com os pais ou os irmãos

Compartilh­ar o banho com os irmãos ou com os pais é divertido e saudável. No entanto, dos 5 aos 6 anos, a criança começa a se sentir desconfort­ável de estar nua na frente dos outros. É quando vêm as primeiras noções de sexualidad­e e a percepção das diferenças entre os sexos. É preciso respeitar sua intimidade. Banho com irmãos ou com os pais podem ser evitados. “Do ponto de vista psicanalít­ico, nessa idade, a criança entra em um encantamen­to com a figura paterna de sexo oposto ao seu”, explica Angelita. ASSIM, A CURIOSIDAD­E PODE SER AGUÇADA, CAUSANDO DESCONFORT­O ENTRE PAIS E FILHOS. E, lembre-se, banho é bom. E pra continuar sendo bom, é só descomplic­ar.

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