CUIDADO REDOBRADO
Quem é pai ou mãe sabe: as crianças sofrem com infecções de ouvido e garganta com mais frequência do que gostaríamos. E, muitas vezes, elas não conseguem expressar o que estão sentindo e fica para você a tarefa de descobrir o que está incomodando. “Enquanto criança, nossa imunidade ainda é frágil e a proteção local do nariz e garganta se dá parcialmente pela adenoide e amígdalas, que são tecidos linfoides responsáveis por produzir células de defesa local, portanto, quando a demanda da imunidade local é grande, ambos aumentam de tamanho e com isso vêm as infecções”, explica Dra Leila dos Reis Ortiz, otorrinolaringologista do Hospital Paulista (SP), mãe de Lucas e Isabela. Por isso, os cuidados com o ouvido, o nariz e a garganta das crianças devem ser constantes. Por mais que o seu filho já faça acompanhamento com o pediatra, procurar um especialista é essencial. “O otorrino é o profissional mais capacitado para assistir ao pequeno paciente com patologias otorrinolaringológicas crônicas ou recorrentes, de difícil controle e que necessitam de um olhar cirúrgico ou um tratamento mais especializado”, explica Cristiane Mayra Adami, otorrinolaringologista do Hospital Paulista (SP), mãe de Mateus e Lucas. O especialista também pode ajudar a detectar questões que passam despercebidas, como dificuldades na fala e até problemas com o sono. O Hospital Paulista (SP) tem um corpo clínico especializado e oferece tratamento completo para tratar todas essas questões, desde o primeiro atendimento até exames diagnósticos e cirurgias. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, conversamos com as especialistas:
POR QUE AS CRIANÇAS SOFREM MAIS COM INFECÇÕES DE NARIZ E GARGANTA?
O sistema imunológico é mais frágil nos primeiros anos de vida. E é nesse período que a criança começa a ir para a escola e entra em contato com a maioria dos vírus e bactérias que provocam as infecções das vias aéreas superiores. Outro ponto facilitador dessas infecções é a diferença da anatomia facial em relação aos adultos. Por ser menor, a face da criança é mais horizontalizada e a comunicação entre nariz, ouvido e garganta é maior, o que dissemina mais facilmente uma infecção. As crianças também apresentam aumento das adenoides e amígdalas, que favorecem quadros infecciosos.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS EXAMES QUE A CRIANÇA DEVE FAZER PARA IDENTIFICAR ESSES PROBLEMAS?
Dependendo do problema, os principais exames diagnósticos em otorrinolaringologia para as afecções de ouvido, nariz e garganta são a nasofibrolaringoscopia, audiometria e impedanciometria, tomografias da face e ouvidos, exames de sangue imuno e alergológicos, entre outros.
QUAIS COSTUMAM SER OS TRATAMENTOS PARA AS INFECÇÕES DE REPETIÇÃO?
As infecções de ouvido, nariz e garganta podem ter tratamento clínico e cirúrgico. O primeiro é feito por meio de medicamentos antialérgicos, antibióticos, imunoestimulantes, sprays nasais e imunoterapia. A maioria dos casos passa por tratamento clínico e, havendo falha, opta-se por tratamento cirúrgico. Para algumas patologias, como a apneia do sono obstrutiva na criança, a cirurgia é mandatória.
A RETIRADA DA ADENOIDE E AMÍGDALAS INTERFERE NA IMUNIDADE DA CRIANÇA?
A imunidade diminui no início, em torno de 30 dias após a cirurgia. Porém, após essa data, a imunidade volta ao normal, já que o organismo compensa essa falta em outro local, que será faringe.