Pais & Filhos

A SOLIDÃO DA MÃE SOLO

CRIS PÀZ

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A primeira palestra do evento foi com a mãe de Francisco, escritora de oito livros. Ela iniciou o dia de uma forma emocionant­e, e bem-humorada, trazendo a solidão como tema central. Para falar sobre o assunto, a escritora utilizou a própria história de resiliênci­a. Aos 36 anos, ela engravidou do primeiro filho de forma não planejada, mas muito bem-recebida. “A gravidez é uma verdade que vai crescendo dentro de nós. É uma coisa incrível, eu tinha muito orgulho de estar grávida”. O momento de extrema alegria, dividido com o então namorado Gui Fraga, foi subitament­e interrompi­do pelo faleciment­o dele, em 17 de janeiro de 2007. “Paralelo à gravidez, a morte é uma verdade disfarçada de absurdo. A gente fica esperando que alguém saia dali e diga que é uma brincadeir­a. E não era. Eu lembro que eu pensava: quanto tempo até eu morrer também? Porque doía muito. E então eu me dava conta que eu não poderia morrer, porque tinha um outro coração batendo dentro de mim”, completou. Para ela, a solidão é uma condição inerente do ser humano, MAS QUANDO PERDEMOS ALGUÉM CHEGAMOS A UMA CONCLUSÃO MUITO IMPORTANTE: A GENTE TEM A NÓS. E nesse novo caminho, as escolhas dela foram muito pautadas na intuição: “A coragem é quando a gente tá tão conectada com o que a gente precisa fazer, que a gente faz. Quando a gente fala de intuição, é isso que a gente precisa entender: que às vezes a gente não sabe que sabe, mas sabe”.

“Coragem é quando a gente tá tão conectada com o que precisa fazer, que a gente faz”

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